UE formaliza pacote de sanções com embargo a petróleo da Rússia

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Publicado Sexta, 03 de Junho de 2022 às 09:11, por: CdB

No entanto, a UE decidiu isentar as importações de petróleo por oleodutos, exceção imposta pela Hungria para não vetar a sexta rodada de sanções. O país é governado pelo premiê de extrema direita Viktor Orbán, líder europeu mais próximo a Putin.

Por Redação, com ANSA - de Bruxelas

O Conselho Europeu, principal órgão político da União Europeia, formalizou nesta sexta-feira um novo pacote de sanções contra a Rússia por causa da invasão à Ucrânia, que completa 100 dias de duração.
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Os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen
Essa é a sexta rodada de restrições contra o regime de Vladimir Putin e prevê um embargo gradual à importação de petróleo russo por via marítima, que será interrompida definitivamente daqui a seis meses. O pacote de sanções também estabelece a eliminação gradual da compra de produtos petrolíferos refinados da Rússia, medida que exigirá oito meses para ser plenamente implantada. No entanto, a UE decidiu isentar as importações de petróleo por oleodutos, exceção imposta pela Hungria para não vetar a sexta rodada de sanções. O país é governado pelo premiê de extrema direita Viktor Orbán, líder europeu mais próximo a Putin.

República Tcheca e Eslováquia

A isenção também deve beneficiar outros países do bloco sem acesso ao mar, ou seja, que teriam dificuldades para importar petróleo de outros fornecedores, como República Tcheca e Eslováquia. O pacote ainda exclui mais três bancos russos e um bielorrusso do sistema de compartilhamento de informações Swift. Entre eles está o Sberbank, principal instituição financeira da Rússia. Além disso, suspende as transmissões na UE de três emissoras estatais russas: Rossiya RTR, Rossiya 24 e TV Center International. "Essas estruturas são usadas pelo governo russo como instrumentos para manipular as informações e promover a desinformação sobre a invasão à Ucrânia, incluindo a propaganda para desestabilizar países vizinhos à Rússia", diz uma nota do Conselho Europeu, órgão que reúne os chefes de Estado e de governo do bloco. A UE também chegou a cogitar a inclusão do primaz da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo, na lista de alvos de sanções do bloco, porém recuou diante da pressão da Hungria. Em um esboço que circulou entre os Estados-membros em maio, o patriarca de Moscou era descrito como "um dos mais importantes defensores da agressão militar russa contra a Ucrânia". A nova rodada de sanções já havia sido aprovada pelos embaixadores dos 27 países na quinta-feira e passa a valer após sua publicação no Diário Oficial da UE.
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