UFMG: docentes saem em defesa de reitores levados em operação da PF

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Publicado Quarta, 06 de Dezembro de 2017 às 12:16, por: CdB

Perseguição, dois meses após o suicídio do reitor da UFSC, será debatida em audiência pública de emergência no Legislativo de Minas Gerais

Por Redação, com RBA - de Belo Horizonte:

O Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (Apubh) divulgou nota de solidariedade ao reitor Jaime Arturo Ramirez, à vice-reitora Sandra Regina Goulart Almeida e ex-reitores e ex-vice reitores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), conduzidos coercitivamente por integrantes da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira, durante a operação chamada Esperança Equilibrista. De acordo com a direção da Apubh, o departamento jurídico da entidade foi colocado à disposição para prestar assistência e apoio aos professores que ocupam e ocuparam postos na reitoria da UFMG.

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PF levou reitores e ex-reitores em operação que investiga obras atrasadas de museu dedicado à anistia política

Para os dirigentes, a repetição de uma condução coercitiva de reitor e corpo diretivo de uma universidade; "similar ao ocorrido recentemente em Santa Catarina com consequências trágicas, nos preocupa sobremaneira". Ainda segundo a nota, a entidade está atenta e não poupará esforços e ações para defender os seus professores e a universidade.

O deputado Rogério Correia (PT) já obteve aprovação, na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais; para realização de uma audiência pública em caráter de emergência para debater o tema.

Segundo a PF, o inquérito policial foi instaurado em março para investigar a obra inacabada do Memorial da Anistia Política do Brasil; financiado pelo Ministério da Justiça, no bairro Santo Antônio, em Belo Horizonte.

UFSC 

No último dia 2 de outubro, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier; foi encontrado morto em um shopping de Florianópolis. Em 14 de setembro, ele havia sido preso pela PF na chamada operação Ouvidos Moucos; que investigava o desvio de mais de R$ 80 milhões em programas de educação a distância. Para a prisão, segundo a própria PF, foram mobilizados 115 policiais.

Em 18 de agosto, a juíza federal de Santa Catarina  Priscilla Mielke Wickert Piva acolheu pedido do Ministério Público Federal (MPF); para busca e apreensão de computadores no campus Abelardo Luz, do Instituto Federal Catarinense (IFC); além de celulares dos professores Ricardo Scopel Velho e Maicon Fontaine. Os docentes, que ocupavam postos na direção da entidade, foram afastados dos cargos. Eles foram acusados de “imposição ideológica e política” e “ingerência na gestão”. 

Para o MPF, havia “diversas irregularidades no campus envolvendo a participação de integrantes do MST e a intensa imposição de ideologia política dentro do Instituto”.

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