Um quarto das famílias paulistanas está inadimplente, diz pesquisa

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Publicado Quarta, 09 de Março de 2022 às 14:15, por: CdB

O percentual registrado em fevereiro significa que 872 mil famílias estão com as contas em atraso, o que significa um crescimento de 61 mil lares em relação a janeiro (20,3%). Em fevereiro de 2021, o índice de inadimplência na cidade era de 18,2%. A inadimplência é maior na faixa de renda de até dez salários mínimos, ficando no patamar de 26,4%.

Por Redação, com ABr - de São Paulo
A inadimplência das famílias na cidade de São Paulo chegou a 21,8% em fevereiro, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). De acordo com a instituição, trata-se do maior nível desde dezembro de 2019, quando 22,2% estavam com dívidas em atraso.
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Os reajustes salariais não cobrem o custo da inflação e pressionam a renda dos trabalhadores
O percentual registrado em fevereiro significa que 872 mil famílias estão com as contas em atraso, um crescimento de 61 mil lares em relação a janeiro (20,3%). Em fevereiro de 2021, o índice de inadimplência na cidade era de 18,2%. A inadimplência é maior na faixa de renda de até dez salários mínimos, ficando em 26,4%. Entre as famílias que ganham acima desse patamar, 10,2% têm dívidas em atraso.

Dívidas

O endividamento das famílias cresceu, segundo a Fecomercio, 13 pontos percentuais na comparação entre fevereiro deste ano e de 2021, passando de 59,2% no ano passado para 73% no último mês. Em termos absolutos, são 2,92 milhões de famílias com dívidas na capital paulista. Entre as famílias que recebem até dez salários mínimos por mês, o endividamento ficou em 76,2% em fevereiro. Nos lares com renda acima disso, 64% têm dívidas. “Desde o ano passado, o endividamento vem batendo recordes em razão da dificuldade das famílias em manter o consumo, diante do quadro de inflação e desemprego”, analisa a Federação, a partir dos dados coletados.

Juros altos

A situação se agrava, na avaliação da Fecomercio, devido a alta da taxa básica de juros que ocorreu ao longo dos últimos meses. “Quem tem dívidas atrasadas pagará mais juros, e, por consequência, sobrarão menos recursos para o consumo. O aumento da taxa também traz riscos para o sistema financeiro, que acaba por restringir o crédito, tornando-o mais seleto”, resume o relatório da Fecomercio.
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