Uruguai tem paralisação em apoio a trabalhadores do gás

Arquivado em:
Publicado Terça, 25 de Junho de 2019 às 10:47, por: CdB

Durante 24 horas, funcionários do setor público e privado pararam suas atividades em apoio aos empregados da empresa MontevideoGas, subsidiária da Petrobras no país, em conflito há meses.

Por Redação, com ABr - de Montevidéu

O Uruguai viveu nesta terça-feira uma paralisação geral de trabalhadores. Durante 24 horas, funcionários do setor público e privado pararam suas atividades em apoio aos empregados da empresa MontevideoGas, subsidiária da Petrobras no país, em conflito há meses.
greve.jpg
O Uruguai viveu nesta terça-feira uma paralisação geral de trabalhadores
Diversos serviços foram afetados pela paralisação. A União Nacional de Trabalhadores do Transporte (Unott) decidiu parar, afetando linhas de ônibus urbanos e interestaduais. A paralisação começou no fim da tarde de segunda-feira. Poucos ônibus são vistos circulando pela capital, Montevidéu. De acordo com as empresas, alguns trabalhadores não sindicalizados fazem o chamado "serviço de emergência". Os táxis pararam à meia-noite, mas também há "serviço de emergência". Outra área afetada foi o ensino. Os professores das escolas públicas aderiram à paralisação e não há aulas no ensino fundamental e médio. O Sindicato de Trabalhadores do Ensino Privado (Sintep) aderiu ao movimento, mas depende de cada instituição a decisão de parar ou manter as aulas no dia desta terça-feira.

Sindicatos de trabalhadores

Sindicatos de trabalhadores da saúde também paralisaram as atividades, mantendo apenas regimes de plantão, emergências, urgências e serviços oncológicos. As atividades bancárias foram afetadas, assim como os serviços públicos de modo geral. É a quinta paralisação geral desde que o presidente Tabaré Vázquez assumiu em 2015. De acordo com a Central Sindical Única do Uruguai (Pit-Cnt), a estimativa é que mais de 700 mil trabalhadores parem hoje. O número é quase o dobro dos sindicalizados, que somam 400 mil. A decisão pela paralisação foi tomada em apoio aos trabalhadores da MontevideoGas, mas as reivindicações vão além. Os trabalhadores lutam contra as terceirizações, em defesa da negociação coletiva e contra a inserção do país na "lista curta" da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo