Um ressurgimento da violência abalou o Chile no final da noite de segunda-feira e provocou centenas de prisões, de acordo com o Ministério do Interior.
Por Redação, com Reuters – de Santiago
Um ressurgimento da violência abalou o Chile no final da noite de segunda-feira e provocou centenas de prisões, de acordo com o Ministério do Interior, além do fechamento temporário de parte do transporte público na capital Santiago.

A cidade de 6 milhões de habitantes viu manifestantes forçarem a interdição de várias estações do metrô, o que prejudicou o transporte para o centro. Agitadores que atearam fogo em barricadas em várias ruas importantes também levaram linhas de ônibus a interromper o serviço temporariamente.
O ministro do Interior, Gonzalo Blumel, citado na conta oficial de Twitter da pasta, disse que a polícia deteve 283 pessoas após confrontos nos quais manifestantes lançaram pedras e tijolos contra as forças de segurança. Cerca de 76 policiais ficaram feridos e várias delegacias foram atacadas, disse Blumel no Twitter.
– Durante a noite, o que vimos foi crime, pura e simplesmente – disse Blumel.
Violência
As cidades chilenas de Antofagasta, Temuco e Concepción também testemunharam rompantes de violência.
Março costuma ser um mês de protestos no Chile, já que as pessoas voltam das férias de verão. Este mês marcará o 30º aniversário do fim da ditadura militar de 1973-1990, além do Dia Internacional da Mulher.
Protestos contra as injustiças sociais e a desigualdade enraizada irromperam em outubro e sacudiram o país até meados de dezembro.
Os agitadores incendiaram edifícios, trens e estações do metrô e saquearam centenas de supermercados. Os tumultos levaram os militares às ruas pela primeira vez desde o fim do governo do ditador Augusto Pinochet.
Pelo menos 31 pessoas morreram, milhares ficaram feridas e dezenas de milhares foram presas, de acordo com estatísticas do governo.
Na manhã desta terça-feira, Blumel observou no Twitter que a violência ainda é consideravelmente menor em escala e destruição da que foi vista em outubro e novembro do ano passado, quando os protestos começaram.