Washington pede apoio federal para receber encontro do Bird e FMI

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Publicado Domingo, 19 de Agosto de 2001 às 14:50, por: CdB

Representantes municipais disseram nesta sexta-feira que será necessário reforço federal para garantir a segurança das reuniões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) a serem realizadas na cidade dentro de seis semanas. Margret Nedelkoff Kellems, vice-prefeita para justiça e segurança pública, disse que Washington não está "em posição de absorver os custos do evento", que ela estima em US$ 30 milhões. Após os confrontos entre manifestantes e a polícia durante o encontro da Cúpula das Américas em Quebec no final do último semestre e durante a reunião do G-8 em Gênova, Itália, no último mês, representantes do governo do Distrito de Columbia estão trabalhando em conjunto com a polícia e agentes federais para traçar um plano de proteção para a cidade. Eles pretendem assegurar aos manifestantes total liberdade para se expressarem, garantindo, simultaneamente, a segurança dos 12 chefes de estado, 250 dignitários e cerca de 15 mil integrantes das delegações que são esperados para as reuniões do último final de semana de setembro. Em abril de 2000, a polícia de Washington prendeu mais de 1.000 pessoas durante as manifestações contra o Banco Mundial e o FMI. Muitos manifestantes afirmaram estar tentando atrair a atenção para o que eles consideram como divisão injusta dos efeitos da globalização, onde os ricos se beneficiam mais que os pobres. Mesmo tendo o Banco Mundial e o FMI reduzido o encontro para apenas dois dias, aproximadamente 6.000 policiais de Washington e proximidades estarão preparados para receber os cerca de 100 mil manifestantes que deverão se dirigir para a cidade. As forças policiais de Maryland e Virginia, a polícia estadual da Pensilvânia e a polícia local de Nova York, Filadélfia e Charlotte prometeram enviar reforços, disse Charles Ramsey, chefe da polícia de Washington. Representantes municipais se encontraram esta semana com a Casa Branca para discutir a alocação de recursos para a segurança. Kellems disse que a administração Bush tem sido "um parceiro cooperativo e esforçado" durante as discussões. Ambos os lados estavam negociando se o pagamento dos custos da operação será efetuado antecipadamente ou após o evento, disse ela. O prefeito Anthony A. Williams apontou que o encontro de três dias em Quebec custou ao governo canadense cerca de US$ 70 milhões e que os custos de Gênova estavam estimados em mais de US$ 100 milhões. Ramsey disse que o Serviço Secreto será a principal agência a cargo das reuniões porque elas foram classificadas como um evento de segurança nacional. "Mas nós precisamos de recursos adicionais", disse ele. Claire Buchan, porta-voz da Casa Branca, disse que ainda não fora tomada qualquer decisão. "Nós nos comprometemos a trabalhar num plano coordenado de segurança para garantir a segurança das pessoas que vivem e moram aqui, e para aqueles que estiverem visitando Washington", disse ela.

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