ACM convida Brizola para comício de Ciro na Bahia

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Publicado Quinta, 01 de Agosto de 2002 às 20:52, por: CdB

O primeiro comício na Bahia do candidato da Frente Trabalhista à Presidência da República, Ciro Gomes, pode reunir, na sexta-feira, num mesmo palanque dois adversários políticos históricos, ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e o ex-governador Leonel Brizola (PDT). Os dois que passaram anos às turras, estão a um passo de fumar o cachimbo da paz para apoiar Ciro. "Vou convidá-lo para vir à Bahia", afirmou. ACM explicou que passou a respeitar Brizola depois que ele interveio no episódio da criação do município baiano Luiz Eduardo Magalhães, nome dado em homenagem ao filho do senador morto 1998. "Na época o PDT da Bahia quis impugnar a criação e pedi ao deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) para falar com o Brizola sobre o assunto", contou, explicando que o líder pedetista convenceu os integrantes baianos do partido a desistir da impugnação. "Por causa disso Brizola tem a minha gratidão eterna", disse. ACM também minimizou as brigas que teve com Ciro no passado, revelando que há dois anos mantém conversas reservadas com ele e o ex-governador cearense Tasso Jereissati sobre a sucessão presidencial. Farpas contra FHC Segundo Magalhães, até o presidente Fernando Henrique Cardoso participou de uma dessas reuniões no Palácio da Alvorada. "O primeiro nome para ser o candidato era o Tasso que, no entanto, mantinha crítica à política econômica do governo federal", disse. Segundo ACM na época FHC falava muito mal do senador José Serra, candidato do PSDB à presidência. "Eu não levava em conta porque meu filho sempre me dizia que no final eles (Serra e FHC) acabavam se entendendo". O PFL baiano preparou uma agenda cheia para Ciro Gomes na Bahia. Logo após sua chegada pela manhã ele deve fazer um corpo-a-corpo num shopping da cidade. Depois se reunirá com prefeitos do PFL e partidos coligados no Centro de Convenções da Bahia e à noite fará um comício no município de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador. Magalhães espera reunir entre vinte e trinta mil pessoas no comício.

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