Rio de Janeiro, 20 de Dezembro de 2025

Afeganistão confirma morte de líder extremista do Talebã

Mullah Akhtar Mansour, líder do rupo terrorista Talebã no Afeganistão, foi realmente morto.

Sexta, 04 de Dezembro de 2015 às 09:54, por: CdB
Por Redação, com Sputnik Brasil - de Quetta: Mullah Akhtar Mansour, líder do rupo terrorista Talebã no Afeganistão, foi realmente morto. Esta informação foi confirmada à agência de notícias afegã Bokhdi pelo primeiro vice-presidente do Afeganistão Soltan Fayazi. De acordo com as palavras dele, o líder do movimento radical Talebã sofreu uma lesão em um dos confrontos locais na cidade paquistanesa de Quetta. Nesta sexta-feira foi divulgada informação contraditória sobre o destino de Mansour.
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Mullah Akhtar Mansour, líder do rupo terrorista Talebã no Afeganistão, foi realmente morto
Entretanto o primeiro vice-presidente do Afeganistão confirmou a morte no mesmo tiroteio de um dos antigos chefes do Talebã Mullah Abdollah Sarhadi. Esta informação foi confirmada por várias fontes da agência russa de notícias Sputnik Dari e Sputnik Pashto. Anteriormente os meios de comunicação afegãos declararam a morte em Quetta de quatro companheiros de armas próximos de Mansour. Lembramos que Zabihollah Mojahed, que se declara como representante oficial do Talebã, desmentiu, através das redes sociais, a morte de Mullah Akhtar Mansour e duvidou do próprio fato de tiroteio. No entanto, várias edições afegãs, alegando fontes próximas ao comando dos talebãs afegãos, divulgam que o tiroteio teve lugar e Mansour é ferido e hospitalizado. Mansour foi anunciado como o novo chefe do Talebã em 31 de julho deste anos depois de o movimento terrorista confirmar a morte de Mullah Mohammad Omar que liderou o Talebã por cerca de duas décadas. Informa-se que alguns líderes do movimento recusaram-se a reconhecer Mansour com o novo chefe do Talebã. Mullah Mansour tinha 55 anos. Ele é natural da província afegã de Candaar. Com o Talebã no poder no Afeganistão, ele ocupava o cargo de ministro da Aviação. EUA e Talebã O representante do Pentágono, o capitão Jeff Davis, usou a palavra “parceiro” em relação ao movimento Talebã.
– Atualmente consideramos o Talebã como um parceiro importante no processo de reconciliação realizado sob a chefia das autoridades afegãs… Não realizamos operações ativas contra o Talebã.
O especialista político afegão Masoud Matin comentou a afirmação do representante norte-americano à Sputnik e a chamou “de declaração mais honesta durante a missão de 14 anos no Afeganistão”:

– A luta contra o terrorismo no nosso país? Eles estavam interessados só no acesso aos recursos minerais do Afeganistão mesmo, tal como os países vizinhos; além disso, havia o objetivo de fortalecer a influência sobre os rivais, Rússia e China. Os militantes do Talebã, al-Qaeda ou Estado Islâmico… Todos eles servem o Pentágono, todos eles, por ordem de Washington, no tempo certo mudam a roupa e entram na arena política afegã com ‘novos’ lemas e armas ocidentais.

O Pentágono corrigiu a afirmação original. Segundo eles, tinha sido um lapso. O seu representante pretendia dizer que os EUA aceitam a possibilidade de negociar com o Talebã e o incluir na vida política do Afeganistão. Se destaca: só com a condição de reconciliação com as autoridades oficiais do país.

O especialista Vahid Mouzhdeh considera que o Pentágono tem se confundido:

– Talvez o Pentágono se quisesse referir às negociações com o Talebã no Qatar? Ou com algum outro grupo?… Parece que os EUA estão embaraçados. Não têm uma posição firme quanto ao Talebã. Eles mesmos não entendem o que querem e o que é necessário fazer. Por isso hoje eles dizem uma coisa, amanhã dizem outra.

A situação no Afeganistão se deteriorou muito nos últimos meses pois o Talebã, que antes controlada principalmente áreas agrícolas do país, reagrupou suas forças e lançou diversas ofensivas contra as do país cidades. Ao final de setembro, os terroristas tomaram a cidade de Kunduz, no norte do Afeganistão, e atualmente estão atacando Ghazni, centro administrativo da província localizada a sudoeste da capital, Cabul. Desde o início deste anos, ataques terroristas no território afegão mataram mais de 3,5 mil pessoas e feriram aproximadamente 7 mil, de acordo com dados do Estado-Maior da Rússia.

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