Rio de Janeiro, 18 de Dezembro de 2025

Ataque aéreo de coalizão liderada por Arábia Saudita deixa mortos no Iêmen

Um ataque aéreo da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen matou nove civis a leste da capital Sanaa nesta terça-feira, disseram moradores

Terça, 16 de Agosto de 2016 às 12:22, por: CdB

O ataque atingiu a casa de um líder local do grupo armado houthi do Iêmen, mas ele não estava em casa. Seu pai e oito membros da família foram mortos, segundo moradores

Por Redação, com Reuters - de Cabul:  

Um ataque aéreo da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen matou nove civis a leste da capital Sanaa nesta terça-feira, disseram moradores, um dia após o grupo Médicos Sem Fronteiras informar que um ataque aéreo atingiu um de seus hospitais e matou 11 pessoas.

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Um ataque aéreo da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen matou nove civis a leste da capital Sanaa

O ataque atingiu a casa de um líder local do grupo armado houthi do Iêmen, mas ele não estava em casa. Seu pai e oito membros da família foram mortos, segundo moradores.

Rivais da Arábia Saudita durante mais de um ano de guerra, os houthi são a força política dominante no Iêmen e estão lutando no distrito de Nehm, onde ocorreu o ataque, contra forças apoiadas pela Arábia Saudita leais ao governo exilado do país.

Estado Islâmico

O ataque com drone que matou o comandante do Estado Islâmico no Afeganistão e Paquistão foi o mais recente golpe às ambições do movimento de expandir suas atividades para uma região onde o Talebã continua a ser a força islâmica dominante.

O Estado Islâmico tem atraído centenas, talvez milhares, de combatentes jihadistas no Afeganistão e Paquistão e ocupou uma pequena faixa de território na província afegã oriental de Nangarhar, onde o líder Hafiz Saeed Khan foi morto em 26 de julho por um drone dos EUA, o que foi confirmado por Washington na sexta-feira.

Mas, fora desse território, autoridades de segurança e analistas dizem que o Estado Islâmico permanece, por enquanto, mais uma "marca" do que uma força militante coesa.

– Grupos de todo o mundo querem pular para o lado deles e lucrar com sua popularidade e o medo que comandam – disse um oficial da polícia paquistanesa com sede em Islamabad, sob condição de anonimato porque não estava autorizado a falar com a mídia.

A auto-declarada "província de Khorasan" do EI no Afeganistão e no Paquistão reivindicou a autoria de dois atentados especialmente mortais, um na capital afegã, Cabul, e o outro na cidade paquistanesa de Quetta.

No entanto, autoridades paquistanesas e analistas independentes têm levantado dúvidas sobre as reivindicações, especialmente em relação ao bombardeio em Quetta, dizendo que a alegação mais crível para o ataque suicida em um hospital era de um desdobramento do Taliban paquistanês, o Jamaat-ur-Ahrar.

– O EI está cada vez mais na defensiva enquanto se esforça para defender o seu califado que vem diminuindo no Iraque e na Síria, por isso tem um forte incentivo para mostrar que ainda é relevante levando crédito por algo que não fez – disse Michael Kugelman, analista do Woodrow Wilson Center.

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