Ataque de insurgentes rohingya deixa mortos em Mianmar

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Publicado Sexta, 25 de Agosto de 2017 às 09:20, por: CdB

O tratamento aos cerca de 1,1 milhão de muçulmanos rohingya se tornou a questão de direitos humanos mais contenciosa de Mianmar

Por Redação, com Reuters - de Yangon :

Militantes muçulmanos de Mianmar realizaram um ataque coordenado a 30 postos policiais e uma base do Exército no Estado de Rakhine nesta sexta-feira, e pelo menos 59 insurgentes e 12 membros das forças de segurança morreram, disseram o Exército e o governo.

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Militantes muçulmanos de Mianmar realizaram um ataque coordenado a 30 postos policiais e uma base do Exército no Estado de Rakhine nesta sexta-feira

Os combates, ainda em curso em algumas áreas, marcaram uma grande escalada em um conflito em ebulição no Estado do noroeste do país desde outubro; quando ataques semelhantes provocaram uma grande operação militar ofuscada por alegações de abusos graves de direitos humanos.

O Exército de Salvação Arakan Rohingya, um grupo antes conhecido como Harakah al-Yaqin que instigou os ataques de outubro; assumiu a autoria da ofensiva desencadeada no início da manhã; e avisou que outras virão.

O tratamento aos cerca de 1,1 milhão de muçulmanos rohingya se tornou a questão de direitos humanos mais contenciosa de Mianmar; país de maioria muçulmana que passa por uma transição depois de décadas de controle militar implacável.

A disputa parece ter dado ensejo a uma insurgência poderosa que vem crescendo. Dizem observadores.

Confrontos

Uma equipe de notícias filiada ao escritório da líder nacional, Aung San Suu Kyi, informou que um soldado; um agente de imigração, 10 policiais e 59 insurgentes morreram nos confrontos.

Os militantes também usaram bastões e espadas e destruíram pontes com explosivos. Disse o Exército.

Os rohingya não têm direito a cidadania e são vistos por muitos em Mianmar como imigrantes ilegais da vizinha Bangladesh. Apesar de reivindicarem raízes na região que remontam a séculos e cujas comunidades foram marginalizadas e vitimadas ocasionalmente pela violência comunitária.

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