A Helibras, braço brasileiro da empresa francesa Eurocopter, passará a fabricar helicópteros em Itajubá, em Minas Gerais. As primeiras unidades devem ter de 5% a 10% de produtos nacionais em sua composição.
- Queremos fazer a indústria aeronáutica renascer. É um projeto fundamental para o país - disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
Ainda sem nenhum projeto estruturado para o setor, o ministro esclarece que o governo federal criará incentivos e que a Helibras contará ainda com a ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A princípio, serão fabricados 51 helicópteros Super Cougar EC 725 para as Forças Armadas. O negócio será celebrado entre a Aeronáutica e a empresa e cada uma das Forças receberá 17 helicópteros personalizados.
- O da Marinha será diferente do da Aeronáutica, que por sua vez se difere do Exército - explicou o chefe do Estado Maior da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Paulo Roberto Britto.
- São como os carros, o modelo é o mesmo, mas cada um tem um ou outro acessório opcional de acordo com a necessidade que cada um tem - disse.
Os primeiros modelos têm entrega prevista para 2010. A produção pode começar dentro de um ano.
- Em quatro anos a meta é ter 50% do helicóptero nacionalizado - informou o presidente da Helibras, Jean Hardy.
Segundo ele, serão investidos cerca de US$ 300 milhões na produção do modelo. Ainda não há previsão do custo final dos EC 725 brasileiros.
- O Brasil merece ter uma indústria deste porte para fornecer equipamentos para as forças armadas - defendeu Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que na manhã de hoje sediou um encontro com empresários da Helibras, o ministro Miguel Jorge, representantes das Forças Armadas e empresários com potencial para serem fornecedores.
- Agora vamos investir na troca de know how e na formação de mão-de-obra qualificada com a ajuda do Senai - disse Skaf.