Cármen Lúcia manobra pauta do STF para evitar novo recurso de Lula

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Publicado Sexta, 21 de Junho de 2019 às 13:16, por: CdB

A Segunda Turma do STF tende a adiar, novamente, o julgamento do habeas corpus do ex-presidente. O argumento da defesa de lula para anulação do processo é de que o então juiz da Lava Jato e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, não agiu com imparcialidade.

 
Por Redação - de Brasília
  Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia se mantém fiel à intenção de prolongar o encarceramento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manobra a pauta da Corte para adiar, mais uma vez, o julgamento de um recurso que poderá significar a liberdade para o líder petista.
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Cármen Lúcia tem recebido uma série de pedidos para avaliar o habeas corpus a Lula e tem negado todas eleas
A Segunda Turma do STF tende a adiar, novamente, o julgamento do habeas corpus do ex-presidente. O argumento da defesa de lula para anulação do processo é de que o então juiz da Lava Jato e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, não agiu com imparcialidade. O HC está na pauta da sessão da próxima terça-feira, a primeira que será comandada pela ministra Cármen Lúcia, que assumirá a presidência do colegiado.

Pauta

O ministro Gilmar Mendes liberou o processo para a pauta em 10 de junho, após a agência norte-americana de notícias Intercept Brasil divulgar uma série de vazamentos sobre um possível conluio entre o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, e o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol. A Segunda Turma, logo após a explosão do escândalo, era presidida pelo ministro Ricardo Lewandowski, que acatou o pedido de Gilmar e incluiu o tema na pauta. Estes ministros integram a ala mais ‘garantista’ do STF e mantêm uma posição crítica aos métodos da Lava-Jato. Sob o comando de Cármen, contudo, o processo continua previsto para análise na terça-feira, mas passou do terceiro item da pauta para o último, numa lista de 12 ações. A inclusão de novas matérias por parte da ministra tem sido apontada como uma maneira de adiar a análise, já que pode não haver tempo na terça-feira para analisar o HC de Lula.
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