China: ações têm maior perda mensal desde crise global

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Publicado Sexta, 29 de Janeiro de 2016 às 08:59, por: CdB

Às 7:30 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 1,84%, com ganho de 2,7% na semana

Por Redação, com Reuters - de Xangai: As ações da China subiram mais de 3% nesta sexta-feira, mas ainda assim registraram seu pior mês desde a crise financeira global, enquanto as ações do restante do continente também avançaram na sessão após o banco central japonês surpreender os mercados ao adotar uma taxa de juros negativa, na sua medida mais ousada para reinflar a economia. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 3,2%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 3,1%. Os dois índices tiveram mais de 20% de desvalorização em janeiro, a maior perda mensal de ambos desde a crise financeira global de 2008-009.
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O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 3,2%
Às 7:30 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 1,84%, com ganho de 2,7% na semana. O banco central do Japão disse que vai cobrar juros de 0,1% pelo excesso de reservas que as instituições financeiras tiverem no BC, uma política monetária agressiva da qual o Banco Central Europeu foi pioneiro. "O Banco do Japão cortará a taxa de juros mais em território negativo se julgar necessário", disse o banco em comunicado anunciando a decisão. O movimento surpreendeu os investidores, dos quais a maioria acreditava que as autoridades estavam muito cautelosas para adotar uma medida tão radical. O índice acionário japonês Nikkei inverteu sua trajetória após o anúncio e terminou com alta de 2,8%, para marcar ganho de 3,3% na semana.

BC japonês adota taxa de juros negativa

O banco central do Japão cortou inesperadamente a taxa de juros para território negativo nesta sexta-feira, surpreendendo os investidores com outra medida audaciosa para reanimar a economia num cenário em que os mercados voláteis e a desaceleração do crescimento global ameaçam seus esforços para superar a deflação. As ações asiáticas saltaram, o iene caiu e os títulos soberanos avançaram depois que o Banco do Japão disse que vai cobrar por uma porção das reservas que os bancos deixarem na instituição, uma política agressiva que teve como pioneiro o Banco Central Europeu (BCE). - O importante é mostrar às pessoas que o banco central está comprometido em alcançar inflação de 2% e que vai fazer o que for preciso para alcançar isso - disse o presidente do BC, Haruhiko Kuroda, em entrevista à imprensa após a decisão. Ao adotar taxa de juros negativa, o Japão está lançando mão de uma nova arma em sua longa batalha contra a deflação, que desde a década de 1990 desencoraja os consumidores a fazerem grandes compras porque esperam que os preços caiam mais. A deflação é considerada como a raiz de duas décadas de mal-estar econômico.
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