China e Índia ficam cobertas por poluição perigosa
China e Índia, ficaram cobertas por poluição sufocante e perigosa nesta segunda-feira, dia em que se iniciaram em Paris as conversações sobre as mudanças climáticas no planeta, das quais os líderes de ambos os países participam.
Segunda, 30 de Novembro de 2015 às 11:42, por: CdB
Por Redação, com Reuters - de Pequim/Nova Délhi/Paris:
China e Índia, ficaram cobertas por poluição sufocante e perigosa nesta segunda-feira, dia em que se iniciaram em Paris as conversações sobre as mudanças climáticas no planeta, das quais os líderes de ambos os países participam.
A capital da China, Pequim, estava nesta segunda-feira com um alerta de poluição na cor "laranja", o segundo nível mais alto, o que levou ao fechamento de estradas, suspensão de obras e a um aviso para que moradores permanecessem em casa.
China e Índia, ficaram cobertas por poluição sufocante e perigosa nesta segunda-feira
A poluição asfixiante foi causada pelo tempo "desfavorável", informou o Ministério da Proteção Ambiental no domingo. As emissões de poluentes no norte da China sobem durante o inverno, quando os sistemas de aquecimento urbano são ligados e as baixas velocidades de vento impedem a dispersão do ar poluído.
Em Nova Délhi, a estação de monitoramento da embaixada dos Estados Unidos registrou um índice de qualidade do ar de 372, o que deixa os níveis de poluição do ar em território "perigoso". Uma névoa espessa de poluição atmosférica cobriu a cidade e a visibilidade estava reduzida a cerca de 200 metros.
A qualidade do ar em Nova Délhi, cidade de 16 milhões de habitantes, é normalmente ruim no inverno, já que a população mais pobre usa o carvão para o aquecimento. No entanto, o governo não emitiu nenhum alarme sobre a qualidade atual do ar e não há avisos para a população. Trinta mil corredores participaram de uma meia maratona no fim de semana, quando os níveis de poluição eram igualmente altos.
Em Pequim, cidade de 22,5 milhões de habitantes, o índice de qualidade do ar em algumas partes subiu para 500, o nível mais alto possível. Em níveis mais altos do que 300 os moradores são incentivados a permanecer em casa, de acordo com as diretrizes do governo.
O ar perigoso evidencia o desafio do governo, que combate a poluição causada pelo setor de energia a carvão, e levantará dúvidas em Paris sobre a sua capacidade de limpar a economia.
O presidente chinês, Xi Jinping, e primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, estão ambos em Paris e se encontram com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nesta segunda-feira.
Mudanças climáticas
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que os EUA aceitam a responsabilidade de ajudar no combate às mudanças climáticas, como segundo país com maior número de emissão de gases causadores do efeito estufa, acrescentando que ação global é necessária para não prejudicar o crescimento econômico.
Em discurso em Paris, onde mais de 150 líderes mundiais estão reunidos para uma cúpula da ONU com objetivo de chegar a um acordo para tentar conter o aquecimento global, Obama disse que a ameaça crescente da mudança climática pode definir os rumos deste século mais drasticamente do que qualquer outra.
– Como o líder da maior economia do mundo e segundo maior emissor... os Estados Unidos da América não só reconhecem o seu papel na criação deste problema, mas compartilhamos nossa responsabilidade de fazer algo sobre isso – disse Obama.
A China é a maior emissora do mundo de gases do efeito estufa.
Obama expôs as possíveis consequências do que chamou de "um futuro possível" do aquecimento global.
– Países submersos, cidades abandonadas, campos que já não crescem mais. Distúrbios políticos que desencadeiam novos conflitos, deixando mais pessoas desesperadas que buscam abrigo em nações que não são delas – disse.
Os Estados Unidos e a China resistiram no passado em participar de um acordo global sobre o clima. No momento, ambos concordaram em trabalhar juntos, embora ambas as nações tenham problemas com o processo da ONU e devem resistir a aceitar um pacto global juridicamente vinculativo.
O presidente norte-americano também elogiou a França por seguir com a conferência apesar dos ataques de 13 de novembro a Paris cometidos por militantes islâmicos, em que 130 pessoas foram mortas.
– Que maior rejeição para aqueles que querem derrubar o nosso mundo do que nos mobilizarmos com os melhores esforços para salvá-lo? – disse.
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