Críticos afirmam que o palavreado vago da lei de novembro causou alarme e que tem o potencial de legalizar requerimentos de cessão de propriedade intelectual
Por Redação, com Reuters - de Pequim/ Nova York:
O principal organismo de segurança digital da China reafirmou seu compromisso com uma maior vigilância virtual nesta terça-feira, pedindo um escrutínio maior de tecnologias locais e estrangeiras usadas em indústrias consideradas essenciais ao interesse nacional.
Um documento de estratégia, divulgado pela Agência de Cybersegurança da China (CAC, na sigla em inglês). Delineou o arcabouço de uma lei de segurança digital polêmica que surgiu em novembro e que grupos empresariais estrangeiros dizem poder impedir que empresas do exterior compitam no mercado.
A CAC já havia contestado essas afirmações. Dizendo que as medidas não foram concebidas visando empresas estrangeiras. Mas como contraposição a ameaças crescentes de terrorismo e de roubos cibernéticos.
O documento disse que indústrias chinesas cruciais precisam "realizar uma análise de segurança" de tecnologia para evitar que servidores. Outros grupos "implementem uma competição injusta" e "prejudiquem os interesses" dos usuários.
Críticos afirmam que o palavreado vago da lei de novembro causou alarme e que tem o potencial de legalizar requerimentos de cessão de propriedade intelectual.
O documento de estratégia mais recente também renova os clamores para que outros países respeitem a soberania cibernética da China, uma ideia que permite que Estados policiem serviços de internet individualmente dentro de suas próprias fronteiras.
A China já empregou um punhado de outras medidas paralelamente à lei. Inclusive planos para criar uma faculdade especializada dentro da Academia de Ciências Chinesa para treinar profissionais para projetos de segurança digital nacional.
Sony Music
A conta do Twitter da Sony Music Entertainment foi invadida na segunda-feira e foram publicadas declarações falsas de que a ícone da música pop Britney Spears teria morrido.
Em comunicado, a Sony Music, divisão da Sony. Informou que sua conta na rede social foi "comprometida", mas que a situação havia sido corrigida.
A empresa ainda se desculpou a Britney Spears e aos fãs por "qualquer confusão". O porta-voz do Twitter não retornou o pedido de comentário feito por email.
Quem também teve a conta no Twitter invadida foi o cantor Bob Dylan. De acordo com a Billboard, que inclusive postou "Descanse em paz @britneyspears".
Em novembro de 2014. Outra divisão da Sony, a Sony Pictures Entertainment, foi vítima de invasão. Na época, o FBI concluiu que o ataque teria sido feito da Coreia do Norte. A invasão ocorreu um mês antes do lançamento do filme A Entrevista sobre dois jornalistas recrutados pela CIA para assassinar o líder norte-coreano Kim Jong-un.