Rio de Janeiro, 20 de Dezembro de 2025

CPI ouve policiais suspeitos de matar jovens fuzilados

A CPI (Comissão de Parlamentar de Inquérito) dos Autos de Resistência, ouviu nesta sexta-feira os quatro PMs presos.

Sexta, 04 de Dezembro de 2015 às 12:35, por: CdB
Por Redação, com agências - do Rio de Janeiro: A CPI (Comissão de Parlamentar de Inquérito) dos Autos de Resistência, ouviu nesta sexta-feira os quatro PMs presos após fuzilarem o carro onde estavam cinco jovens que morreram em Costa Barros, Zona Norte do Rio de Janeiro no último sábado. Segundo Rogério Lisboa (PR), deputado presidente da CPI, o objetivo é entender o motivo dos disparos. – A gente quer saber como esses policiais eram orientados para abordagens; qual a orientação para agir em casos de confrontos e qual o real motivo dos disparos sem qualquer contato preliminar com os jovens.
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Segundo a Polícia Militar, após os esclarecimentos dos dois agentes que teriam acionado a viatura, eles devem ser submetidos a um processo administrativo disciplinar
Mais dois policiais que podem estar envolvidos na aporação, devem ser ouvidos ainda nesta sexta-feira, anunciou a PM. Segundo a corporação, a Corregedoria Interna convocou um major e um capitão que teriam acionado a viatura do batalhão de Irajá (41º BPM) para recuperar um caminhão de bebidas roubado pouco antes do carro onde estavam os cinco jovens ser fuzilado. A versão preliminar dos agentes presos preventivamente, eles teriam trocado tiros com supostos criminosos envolvidos no roubo desse caminhão. O funcionário da empresa Ambev que conduzia o veículo relatou à Delegacia de Roubos e Furtos de Carga que os PMs o escoltaram após a carga do caminhão ser saqueada e retornaram para os arredores da Pedreira. Segundo a Polícia Militar, após os esclarecimentos dos dois agentes que teriam acionado a viatura, eles devem ser submetidos a um processo administrativo disciplinar. Operação Desde que foi lançada, em 1ª de janeiro de 2014, até na quinta-feia, a Operação Lapa Presente (OLP) já prendeu mais de 440 foragidos da Justiça, com mandados de prisão em aberto por roubo, furto, homicídio, tráfico de drogas, entre outros delitos. A ação permanente, da Secretaria de Governo, tem o objetivo de garantir a segurança e o direito de ir e vir de moradores e frequentadores da região do Rio Antigo. – Nosso trabalho é reconhecido na Lapa e os policiais são conhecidos por frequentadores e comerciantes. Já promovemos uma grande mudança na região, principalmente em relação à criminalidade. Manteremos a qualidade, o ritmo e o método de trabalho. O que deu certo na Operação Lapa Presente está sendo replicado na Lagoa, Aterro do Flamengo e Méier, e esse intercâmbio ajudará a aperfeiçoar o trabalho que temos feito – afirmou o coordenador da Operação Lapa Presente, capitão Mairon Bandeira. Nesses quase dois anos, mais de 4,2 mil pessoas foram detidas pelos agentes da Lapa Presente, sendo 65% (cerca de 2.750) por posse ou consumo de drogas. No período, o Disque Lapa Presente, que oferece garantia de anonimato ao denunciante, já recebeu mais de 2.270 Ligações Em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, foram realizados quase 19 mil acolhimentos de homens, mulheres e menores de idade em situação de vulnerabilidade. Além disso, 175 veículos foram rebocados na região, com apoio da Secretaria Municipal de Transportes. Os 136 agentes patrulham a região da Lapa com 24 bicicletas e 11 viaturas e são equipados com rádios e braçadeiras com identificação. Operação Segurança Presente realiza 29 prisões Em referência aos bons resultados da OLP, foi lançada, na última terça-feira, a Operação Segurança Presente. A ação permanente, parceria entre o Governo do Estado e o Sistema Fecomércio-RJ, é realizada no Aterro, Lagoa e Méier. Mais de 400 agentes reforçam o policiamento, diariamente, nas três localidades. Em dois dias, 29 pessoas foram presas e 167, conduzidas à delegacia por atividades suspeitas. A Operação também apreendeu facas e material de caça e recuperou carro e celular roubados. A Operação Segurança Presente conta com policiais da ativa, da reserva e egressos das Forças Armadas. Vans, viaturas, bicicletas e motocicletas são utilizadas na ação. A Fecomércio investiu R$ 44 milhões, por um período de dois anos, na operação.
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