Rio de Janeiro, 28 de Dezembro de 2025

Crime organizado é maior ameaça contra sociedade, diz ministro

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen, defendeu nesta terça-feira que o crime organizado é a principal ameaça

Terça, 01 de Agosto de 2017 às 08:20, por: CdB

Para o ministro, a situação da segurança pública no país vive "tempos extraordinários", e, por isso, precisa de "soluções extraordinárias"

Por Redação, com ABr - de Brasília:

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen, defendeu nesta terça-feira que o crime organizado é a principal ameaça enfrentada pela sociedade brasileira. Para o ministro, a situação da segurança pública no país vive "tempos extraordinários", e, por isso, precisa de "soluções extraordinárias", que devem ser buscadas dentro do marco legal e do respeito ao Estado democrático de direito. 

crime.jpg
Crime organizado é maior ameaça contra sociedade brasileira, diz ministro

– O crime organizado é a maior ameaça que a sociedade brasileira enfrenta neste momento. É esta questão que precisamos entender com muita clareza – disse o ministro. "O fato se refere não apenas ao tráfico de drogas. Mas também ao comércio ilegal de armas, à lavagem de dinheiro e ao tráfico de pessoas e bens naturais."

O ministro apresentou a integração de órgãos no Plano Nacional de Segurança. Também destacou que as fronteiras estão entre as principais preocupações para se garantir a segurança em centros urbanos como o Rio de Janeiro.

– Os centros econômicos e de poder do nosso país são muito afastados das fronteiras. Mas a crise de segurança no Rio de Janeiro é causada pelo que acontece lá (nas fronteiras) – disse.

Etchegoyen comparou que mesmo países ricos como os Estados Unidos têm dificuldade em impedir a entrada de contrabando em suas fronteiras. Ele defendeu um trabalho de cooperação com vizinhos como o Paraguai, a Colômbia e o Peru. 

Ocupação de favelas

Ao comentar as operações das forças armadas que ocuparam complexos de favelas no Rio de Janeiro. Como a Maré e o Alemão, o ministro afirmou que as ações "não produziram os resultados desejados". Porque faltou suporte social.

– Não chegou em nenhum momento a cidadania. Se não mudarmos as causas, não vamos mudar os efeitos – disse o ministro, ao afirmar que o plano atual prevê a coordenação de ações sociais por parte do Ministério do Desenvolvimento Social.

O ministro abriu o debate Encontro Brasil de Ideias, realizado nesta terça-feira em um hotel em Copacabana. Ele voltou a defender que as medidas que estão sendo adotadas não terão resultados de curto prazo nem serão pirotécnicas, porque buscam soluções definitivas.

– Vamos apresentar resultados que virão com a prudência que ações de inteligência exigem – disse o ministro, que defendeu ainda que ações de inteligência poupam vidas e recursos.

Etchegoyen também defendeu que é preciso valorizar os policiais militares. O que inclui responsabilizar e punir os que são culpados por crimes. O ministro defendeu que além de assistência às famílias de policiais mortos e recursos para proteger os agentes, é preciso reconhecer o trabalho dos bons policiais.

– Não será destruindo a polícia que vamos vencer este jogo. As Forças Armadas não são forças policiais, são instrumentos de emergência e o ultimo que o Estado tem.

Tags:
Edições digital e impressa