Rio de Janeiro, 14 de Dezembro de 2025

Eduardo Cunha terá que pagar R$ 22,3 mil à Justiça Suíça

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terá que pagar R$ 22,3 mil à Justiça suíça pelas tentativas de impedir que os dados e extratos referentes as suas contas bancárias naquele país fossem encaminhados ao Brasil.

Segunda, 30 de Novembro de 2015 às 09:55, por: CdB
Por Redação, com Agências de Notícias - de Brasília: A Justiça suíça determinou que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pague o valor de R$ 22,3 mil pelas tentativas de impedir que os dados e extratos referentes as suas contas bancárias naquele país fossem encaminhados ao Brasil.
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O valor do pagamento é calculado em função de dimensão e dificuldade da causa, disse a Justiça suíça
De acordo com um jornal paulista, a Justiça da Suíça constatou que o parlamentar, sua mulher, Cláudia Cordeiro Cruz, e seu truste usaram o mesmo advogado e os mesmos argumentos no esforço de impedir que seus dados bancários fossem enviados ao Brasil e que o caso fosse julgado no País. A decisão do tribunal diz que "o montante do pagamento é calculado em função de dimensão e dificuldade da causa, a forma das partes de proceder, sua situação financeiras e as taxas de administração". Propina de Esteves Nesta segunda-feira, Cunha disse que o vazamento de uma anotação que revelaria o pagamento de propina a ele pelo banqueiro André Esteves pode ter relação com o anúncio feito por ele de que decidiria sobre pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira e que, portanto, deve adiar a divulgação de sua decisão sobre o impedimento. Cunha classificou o episódio da anotação que revelaria o pagamento de propina como "absurdo" e negou ter proposto emenda a uma medida provisória para beneficiar o banqueiro. Ele disse ainda, em entrevista a jornalistas, que não quer que sua decisão sobre os pedidos de impeachment se confunda com esse vazamento. Processo O pedido de abertura de processo contra Cunha baseia-se na denúncia, feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), de que Cunha possui contas bancárias na Suíça, após ele ter negado essa informação em CPI na Câmara. Entre os indícios citados por Pinato está a denúncia da PGR contra Cunha e outros documentos, além da transcrição da fala de Cunha à CPI da Petrobras. O deputado disse que solicitou à presidência do Conselho de Ética a antecipação da reunião do colegiado, marcada originalmente para o dia 24 deste mês, para analisar seu parecer preliminar. O processo contra Cunha no Conselho de Ética foi apresentado no fim do mês passado por PSOL, Rede e deputados de outros partidos. Na semana passada, a bancada do PSDB na Câmara posicionou-se favorável ao afastamento de Cunha da presidência da Câmara. O presidente da Câmara repetiu reiteradas vezes o que declarou à CPI: que não possui contas além das que constam na sua Declaração de Imposto de Renda.
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