Rio de Janeiro, 20 de Dezembro de 2025

Empresas norte-americanas alertam para guerra comercial com China

Empresas norte-americanas na China alertaram nesta quarta-feira para uma possível guerra comercial com Pequim caso o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump

Quarta, 18 de Janeiro de 2017 às 08:00, por: CdB

Companhias sediadas no país asiático temem retaliações por eventuais restrições ao comércio prometidas por Donald Trump. "Washington precisa ser realista", afirmam

Por Redação, com DW - de Washington:

Empresas norte-americanas na China alertaram nesta quarta-feira para uma possível guerra comercial com Pequim caso o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, impuser de fato as restrições ao comércio ou aos investimentos entre os dois países prometidas durante a campanha presidencial.

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"Como o empresário Trump mudará o mundo": capa de revista chinesa

Segundo a Câmara de Comércio Americana na China, medidas nesse sentido provavelmente implicarão retaliações.

– A China não está desarmada para responder às ações que os EUA podem ou não executar – afirmou Lester Ross, membro do conselho da instituição na capital chinesa.

Ross apresentou nesta quarta-feira um estudo sobre a situação das empresas norte-americanas no país. Segundo ele, Pequim já teria começado a adotar algumas medidas. Como a imposição de normas antidumping mais rígidas sobre produtos químicos agrícolas americanos.

De acordo com o levantamento da Câmara. Empresas norte-americanas veem suas operações cada vez mais desfavorecidas na China. O estudo aponta que quatro em cada cinco companhias se sentem menos "bem-vindas" em comparação com o ano anterior. A maioria dos entrevistados vê inclusive um "ambiente desanimador" para investimentos.

As críticas das empresas norte-americanas surgem um dia após discurso do presidente chinês, Xi Jinping, na cidade suíça de Davos. Onde ele se posicionou contra o protecionismo e alertou para uma "guerra comercial" que prejudicaria todos os países envolvidos.

– A mensagem que queremos trazer para Washington é que sejam realistas – acrescentou Ross.

Trump

Trump, que toma posse na sexta-feira, ameaçou durante sua campanha elevar as taxas de importação de produtos chineses para 45%. Além de ter acusado o país de manipular sua moeda e de roubar empregos de norte-americanos.

Frustradas com as barreiras do mercado chinês, empresas americanas querem que Washington adote uma postura mais dura em relação a Pequim, mas temem que ações ousadas possam desencadear retaliação.

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