Tempestade que deixou pelo menos 29 mortos passa, mas cidades como Nova York e Washington continuaram em parte paralisadas
Por Redação, com agências internacionais - de Washington, EUA:
O nordeste dos Estados Unidos tenta voltar à normalidade nesta segunda-feira, após quase três dias paralisado por uma tempestade histórica, que custou a vida de pelo menos 29 pessoas e deixou a região coberta de neve.
Trabalhadores retiram neve dos trilhos de trem nos arredores de Nova York
Boa parte dos moradores passou o ensolarado domingo tentando remover a neve da entrada de suas casas e de cima de seus carros. A tempestade foi a segunda maior na história de Nova York, com 68 centímetros de neve registrados no Central Park à meia-noite de sábado. A quantidade só foi superada pelos 68,33 centímetros medidos em fevereiro de 2006. A medição começou há 150 anos na região.
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, retirou uma proibição de viagens nas rodovias da região de Nova York e Long Island no domingo. O estado de emergência, porém, continua valendo. As autoridades solicitaram que a população evite o uso dos veículos particulares, pois o tráfego limita os trabalhos das máquinas de remover neve, além de outros riscos gerados pelo gelo nas vias.
– Deixe seu carro onde ele estiver. Ainda existe risco e, se não é nada urgente, não utilize o veículo – afirmou o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, no domingo.
Das 26 mortes registradas, a maioria foi pela inalação de monóxido de carbono de escapamentos de automóveis que estavam cobertos pela neve e em acidentes de trânsito.
A previsão é de que, já nesta segunda-feira, sejam retomadas as aulas nas escolas de Nova York. Em outras cidades atingidas, como Washington, Baltimore e Jersey City, as atividades escolares continuam suspensas.
No aeroporto JFK, o maior da região, foram registrados 76 centímetros de neve, o que obrigou a suspensão de 871 voos no domingo. Nesta segunda, estava previsto o cancelamento de mais 600 viagens.
Cerca de 85 milhões de pessoas, um quarto da população do país, foram afetadas pela tempestade de inverno que atingiu ao menos 20 Estados norte-americanos. O Serviço Meteorológico Nacional dos EUA estima em quase US$ 1 bilhão os prejuízos causados pela nevasca.
– Sobrevivemos – definiu Cuomo, ao falar da situação vivida no fim de semana pela população do Estado de Nova York.
Prejuízos multibilionários
Fortes nevascas que paralisaram grande parte da costa leste dos Estados Unidos nos últimos dias provavelmente vão causar perdas econômicas "multibilionárias", em uma das piores tempestades na região em mais de um século, informou a corretora de resseguros Aon Benfield nesta segunda-feira.
– Devido aos danos a propriedades, empresas e outras estruturas e automóveis, mais os altos custos pela suspensão de negócios, é esperado que termine sendo um custo econômico multibilionário – informou a empresa em relatório.
A tempestade provavelmente será classificada entre as 15 piores no Nordeste e Meio-Atlântico dos EUA desde 1900, acrescentou a companhia.
Ainda é cedo para calcular as perdas seguradas, informou a Aon Benfield, acrescentando que um sistema de tempestade similar em janeiro de 1996 causou uma perda econômica estimada em US$ 4,6 bilhões.
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