Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2025

Francisco sugere que sentido da vida está na simplicidade

O papa Francisco voltou a criticar o consumismo e o materialismo. Ao celebrar a Missa do Galo, na noite de sábado, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, ele declarou que o real sentido do Natal foi usurpado pelo comércio

Domingo, 25 de Dezembro de 2016 às 08:47, por: CdB

Durante a missa, o papa citou as “miseráveis manjedouras de dignidade” em alusão às crianças que, fugindo às guerras e conflitos regionais, se escondem “em um “abrigo subterrâneo

Por Redação, com ABr - da Cidade do Vaticano:

 

O papa Francisco voltou a criticar o consumismo e o materialismo. Ao celebrar a Missa do Galo, na noite de sábado, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, ele declarou que o real sentido do Natal foi usurpado pelo comércio.

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Na Missa do Galo, o papa Francisco criticou, no Vaticano, o consumismo e o materialismo

– O Natal se torna uma festa onde os protagonistas somos nós (…) As luzes do comércio põem na sombra a luz de Deus; nos afanamos com as prendas e ficamos insensíveis a quem está marginalizado. Esta mundanidade fez refém o Natal; é preciso libertá-lo! – disse.

Durante a missa, o papa citou as “miseráveis manjedouras de dignidade” em alusão às crianças que, fugindo às guerras e conflitos regionais, se escondem “em um “abrigo subterrâneo para escapar aos bombardeamentos, na calçada de uma grande cidade, no fundo de um barco sobrecarregado de migrantes”.

Noite de luz e glória

Segundo o papa, o Natal, enquanto celebração do nascimento de Jesus Cristo, deveria ser uma noite de luz e glória que traz consigo o sabor da esperança, mas também da tristeza provocada pela rejeição inicial ao menino Jesus.

– Deus não se manifestou no salão nobre de um palácio real, mas na pobreza de um curral; na simplicidade da vida; não no poder, mas numa pequenez que nos deixa surpreendidos. (Assim), se queremos festejar o verdadeiro Natal, contemplemos este sinal: a simplicidade frágil de um pequenino recém-nascido – comentou o papa, incentivando os cristãos a “deixar as ilusões do efêmero para ir ao essencial”.

– (Para encontrar Deus) É preciso renunciar às nossas pretensões insaciáveis, abandonar aquela perene insatisfação e a tristeza por algo que sempre nos faltará. Nos fará bem deixar estas coisas para reencontrar na simplicidade de Deus-Menino a paz, a alegria, o sentido luminoso da vida – concluiu.

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