A prisão de Geddel aconteceu por temores de que ele pudesse fugir após a apreensão dos recursos que pertenceriam a ele, disse a fonte
Por Redação, com Reuters - de Salvador:
O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi preso pela Polícia Federal nesta sexta-feira em Salvador e será transferido para Brasília, disse uma fonte com conhecimento do assunto.
Na semana passada a Polícia Federal apreendeu pouco mais de R$ 51 milhões em espécie em um apartamento na capital baiana que seria usado por Geddel, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer.
A prisão de Geddel aconteceu por temores de que ele pudesse fugir após a apreensão dos recursos que pertenceriam a ele, disse a fonte.
Além da prisão do ex-ministro, a PF também cumpriu nesta sexta três mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Geddel. Além de mais um mandado de prisão.
Os recursos foram encontrados pela PF em malas e caixas na terceira fase da operação Cui Buono; que investiga o pagamento de propinas em troca de facilitação de empréstimos pela Caixa Econômica Federal. Foi a maior apreensão do tipo já realizada pela Polícia Federal.
Nomes dos envolvidos
Em nota, sem citar os nomes dos envolvidos, a Procuradoria da República no Distrito Federal informou que cumpriu dois mandados de prisão preventiva; e três de busca e apreensão em Salvador; como parte de uma nova fase da operação Cui Buono. A PF também confirmou a operação em nota sem citar o nome dos envolvidos.
– O objetivo é recolher provas da prática de crimes como corrupção passiva; lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na petição enviada à Justiça; o Ministério Público Federal endossou os pedidos apresentados pela Polícia Federal; argumentando que as medidas são necessárias para evitar; ‘a destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos’ – disse a PF na nota.
Aliado de Temer
Aliado histórico de Temer e bastante próximo do presidente, Geddel foi preso em 3 de julho; acusado de tentar pressionar o doleiro Lúcio Funaro para evitar que ele fizesse uma delação premiada. O ex-ministro foi solto 10 dias depois para cumprir prisão domiciliar.
Geddel é acusado de intermediar a facilitação de crédito para empresas na Caixa quando era diretor de Pessoa Jurídica do banco; durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Geddel, que é ainda ex-deputado federal, também foi ministro da Integração Nacional na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.