Rio de Janeiro, 18 de Dezembro de 2025

Ibama: mais de 1 milhão de metros cúbicos de rejeitos deslizaram de Fundão

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que mais de um milhão de metros

Quinta, 28 de Janeiro de 2016 às 09:58, por: CdB

 

De acordo com a Samarco, ocorreu “uma movimentação de parte da massa residual”, que teria sido causada pelo grande volume de chuvas

Por Redação, com agências - de Brasília:   O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que mais de um milhão de metros cúbicos de rejeitos de minério se deslocaram da Barragem de Fundão, na quarta-feira. A mineradora Samarco,  cujas donas são a Vale e a anglo-australiana BHP, não confirma o volume de material que se deslocou da barragem e disse que ainda está fazendo o levantamento.

Novo vazamento

A Samarco informou na quarta-feira, por meio de comunicado, o registro de novo vazamento na Barragem de Fundão. A empresa retirou funcionários do local e afirmou não ter havido necessidade de acionar a sirene instalada para alertar a população. De acordo com a Samarco, ocorreu “uma movimentação de parte da massa residual”, que teria sido causada pelo grande volume de chuvas que caiu sobre a região nas últimas semanas.
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A Defesa Civil de Minas Gerais disse que o vazamento não teve grandes proporções
A Defesa Civil e a prefeitura de Mariana (MG) confirmaram que foram informadas pela Samarco sobre o novo vazamento, mas descartaram risco para a população, apesar de a empresa ter emitido um alerta amarelo. Por meio da assessoria de comunicação, a Defesa Civil de Minas Gerais disse que o vazamento não teve grandes proporções, tratando-se de um “desplacamento de resquícios minerais”, ou seja, deslocamento dos resíduos de minério que ainda restam na barragem. A Barragem de Fundão, localizada em Mariana e de propriedade da Samarco, uma joint venturedas mineradoras brasileira Vale e anglo-australiana BHP, se rompeu no dia 5 de novembro. Milhões de metros cúbicos de resíduos de mineração armazenados no local foram liberados, devastando o distrito de Bento Rodrigues e matando 17 pessoas. Duas permanecem desaparecidas. O incidente deixou um rastro de destruição ao longo da margens do Rio Doce e  afluentes, causando também o colapso no abastecimento de água em municípios que integram a bacia. Segundo a Samarco, o volume de resíduos de mineração que se deslocou hoje se acomodou entre as barragens de Fundão e Santarém. Conforme a empresa, as barragens de Santarém e Germano, que sofreram danos e foram submetidas a obras de recuperação após o desastre em Mariana, continuam estáveis. O promotor Carlos Eduardo Ferreira, responsável pelo Núcleo de Combate a Crimes Ambientais no  Ministério Público de Minas Gerais, ordenou a ida de um representante do MP-MG ao local para investigar o novo vazamento.
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