Índios fazem ato por demarcação de terras em frente ao Planalto

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Publicado Sexta, 20 de Maio de 2016 às 08:37, por: CdB

Na última terça-feira, um grupo de 44 indígenas protestou em frente ao Planalto contra retrocessos nas políticas de demarcação de terras tradicionais

Por Redação, com ABr - de Brasília:

Cerca de 50 indígenas da etnia Guarani-Kaiowá fizeram nesta sexta-feira ato na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto, para defender a demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul.

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Os indígenas não sabem o que vai acontecer com a demarcação de terras no governo do presidente Michel Temer

Segundo Leila Rocha, da comunidade Yuy Katu, no município de Japorã, os indígenas não sabem o que vai acontecer com a demarcação de terras no governo do presidente Michel Temer. “Nossa preocupação é com este governo que a gente não conhece. Estamos procurando nosso direito à terra. Muitas lideranças e caciques já morreram em Mato Grosso do Sul”, disse.

Na última terça-feira, um grupo de 44 indígenas protestou em frente ao Planalto contra retrocessos nas políticas de demarcação de terras tradicionais e em defesa dos direitos constitucionais indígenas.

Antes do protesto, o Conselho Indígena Missionário (Cimi) divulgou nota em que manifesta preocupação com informações veiculadas de que o presidente Michel Temer pretende revogar atos administrativos demarcando terras indígenas, assinados nos últimos dias do governo da presidenta afastada Dilma Rousseff.

Movimentos sociais

No Campo Grande, centro de Salvador, integrantes de movimentos sociais fizeram na quinta-feira um ato contrário ao governo do presidente Michel Temer. Manifestantes do Coletivo Ocupa MinC, que ocuparam o escritório do Ministério da Cultura na capital baiana em protesto contra a fusão dos ministérios da Cultura e Educação, participaram do evento

– Estamos mobilizados e mantemos uma agenda cultural na sede do MinC para dizer que a questão não é somente a extinção do ministério, mas as ações deste governo – declarou a atriz Amanda Rosa.

Como representante de movimentos sociais, o jornalista Eduardo Machado, do Fórum Nacional de Juventude Negra, também participou do ato. “A proposta é a gente ir para as ruas, ocupar os espaços das ruas, para denunciar esse golpe. É lamentável essa conjuntura atual na qual a gente vive. A gente, enquanto movimento negro, percebe que todos os avanços da pauta governamental estão caindo, como a perda de ministérios importantes, como a Secretaria de Direitos Humanos, e de igualdade racial. Isso é um retrocesso, já que as pautas colocadas pelo governo não representam os anseios populares”, disse.

Durante o ato, foram feitas apresentações e intervenções artísticas, além de colagem de cartazes e faixas. Uma peça teatral sobre medidas tomadas por Temer também foi apresentada.

O militante Walter Takemoto, da Frente Povo sem Medo Bahia, disse que manifestação tem como foco “Fora Temer, porque não reconhecemos as votações que ocorreram no processo deimpeachment contra a presidenta Dilma".

Estudantes e profissionais da área de saúde levaram faixas e cartazes contra possíveis cortes no Sistema Único de Saúde (SUS). No dia 17, o novo ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que vai buscar, junto à equipe econômica a aplicação do que foi previsto para o setor no Orçamento 2016. Houve, segundo ele, um corte de R$ 5,5 bilhões no setor, feito pelo governo da presidenta afastada Dilma Rousseff.

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