Rio de Janeiro, 18 de Dezembro de 2025

Inflação segue mais comportada e melhora a confiança do consumidor

Com a inflação mais controlada, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,6 pontos em agosto em relação ao mês anterior, atingindo 79,3 pontos, maior leitura desde janeiro de 2015 (81,2 pontos)

Quarta, 24 de Agosto de 2016 às 08:40, por: CdB

Com a inflação mais controlada, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,6 pontos em agosto em relação ao mês anterior, atingindo 79,3 pontos, maior leitura desde janeiro de 2015 (81,2 pontos)

 
Por Redação - de São Paulo
  A confiança do consumidor do Brasil subiu pelo quarto mês seguido em agosto e atingiu o maior patamar em mais de 1 ano e meio, com a melhora do sentimento com a situação atual, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas, nesta quarta-feira.
cafe-1.jpgO consumidor eleva sua confiança de que a economia começa a melhorar e, com a inflação controlada,  índice sobe para a melhor posição desde o ano passado
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,6 pontos em agosto em relação ao mês anterior, atingindo 79,3 pontos, maior leitura desde janeiro de 2015 (81,2 pontos). O destaque no mês foi a alta de 3,8 pontos no Índice da Situação Atual (ISA), atingindo 69,5 pontos. Em junho, o ISA havia chegado à mínima histórica da pesquisa. — Em agosto..., a maior contribuição veio do aumento da satisfação com a situação presente, um sinal favorável, considerando que houve uma melhora na percepção dos consumidores tanto em relação ao mercado de trabalho quanto à situação financeira das famílias — disse Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor. O Índice de Expectativas (IE) subiu 1,6 ponto, atingindo 86,9 pontos, maior patamar desde dezembro de 2014. Os indicadores de confiança vêm sendo monitorados por agentes do mercado e pelo governo como forma de antecipar o início do processo de recuperação da economia, que atravessa uma forte recessão. Na véspera, a FGV divulgou o resultado preliminar do Índice de Confiança da Indústria (ICI), que caiu no mês, interrompeu uma sequência de cinco altas seguidas. Também na véspera, a FecomercioSP divulgou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da cidade de São Paulo em agosto superou a marca dos 100 pontos pela primeira vez em 15 meses, atingindo os 101,6 pontos. O ICC não ultrapassava a barreira dos 100, que delimita o sentimento de pessimismo e otimismo, desde abril de 2015.

Inflação civilizada

Com a perda de força na alta dos preços de alimentos, a prévia da inflação oficial do país desacelerou em agosto um pouco mais do que o esperado, mas em 12 meses continuou estourando a meta do governo para este ano e mantendo a pressão sobre o Banco Central no gerenciamento da política monetária. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,45% neste mês, após avançar 0,54% em julho, abaixo do esperado por especialistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontava alta de 0,47% em agosto. No acumulado em 12 meses até agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, o indicador subiu 8,95%, acima do teto da meta --de 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. Neste mês, os preços do grupo Alimentação e bebidas subiram 0,78% na comparação com julho, quando havia avançado 1,45%. Segundo o IBGE, o feijão-carioca mostrou forte desaceleração na alta, a 4,74%, frente ao avanço de 58,06% no mês anterior. Os preços de alguns produtos chegaram a ficar bem mais baratos de julho para agosto, com os da cebola (-22,81%) e o da batata-inglesa (-18,00%). Alimentação é o grupo com maior peso sobre o IPCA-15. Outro destaque que tirou pressão sobre o IPCA-15 foi o grupo Vestuários, cujos preços recuaram 0,13% neste mês, depois de terem caído 0,08% em julho. Na ponta oposta, destaque para a alta de 0,90% nos preços com Educação em agosto. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC volta a se reunir para definir o rumo da taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano. A curva de juros futuros indica que a Selic será mantida no atual patamar, segundo cálculos da Reuters. Um corte viria somente em novembro.. Na mais recente pesquisa Focus do Banco Central, os economistas consultados veem o IPCA encerrando o ano com alta de 7,31% e a Selic a 13,75% ao ano. Já o Top 5, grupo dos economistas que mais acerta as projeções no levantamento, vê a inflação em 7,51% e o BC não reduzindo os juros neste ano.
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