Justiça aumenta pena do ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada

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Publicado Quinta, 03 de Agosto de 2017 às 08:17, por: CdB

O aumento de pena de Zelada foi definido por maioria de votos dos desembargadores da 8ª Turma do TRF4

Por Redação, com ABr - de Brasília:

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) aumentou a pena do ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada, de 12 anos e 2 meses para 15 anos, 3 meses e 20 dias de prisão.

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Ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada

A decisão foi tomada durante o julgamento da 14ª apelação criminal relativa à Operação Lava Jato. Também inclui como réus o ex-gerente da Petrobras Eduardo Costa Vaz Musa e os operadores financeiros João Augusto Rezende Henriques e Hamylton Pinheiro Padilha Júnior.

O aumento de pena de Zelada foi definido por maioria de votos dos desembargadores da 8ª Turma do TRF4. Musa, Rezende Henriques e Padilha Júnior tiveram as penas mantidas pelo Tribunal.

Os réus foram denunciados por recebimento e pagamento de propina no contrato do navio-sonda Titanium Explorer pela Petrobras. Em transação que custou US$ 1,816 bilhão à petrolífera.

Outro julgamento

Em outra apelação criminal da Lava Jato. O TRF4 fixou o valor mínimo de R$ 38,245 milhões a ser pago pelo ex-presidente da UTC Engenharia Ricardo Pessoa à Petrobras, a título de reparação de danos. A este valor serão acrescidos juros moratórios, segundo a decisão.

O julgamento ocorreu sobre apelação da própria Petrobras, que recorreu para garantir a reparação, independentemente do acordo de colaboração premiada assinado pelo empresário. A petrolífera pediu que o valor de reparação fosse equivalente ao valor da propina. Estimada em 3% dos contratos citados na denúncia.

A ação penal da Lava Jato trata de crimes cometidos nos contratos da Petrobras para obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Os réus foram condenados por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.

Nova fase da Lava Jato

A Polícia Federal deflagrou no início desta manhã a Operação Rio 40 Graus que tem como objetivo desarticular um esquema criminoso. Envolvendo o pagamento de propina a servidores públicos nas esferas federal e municipal. Envolvendo as obras do BRT Transcarioca e o do Programa de Despoluição da Bahia de Jacarepaguá.

A Operação faz parte da nova fase da Lava Jato, no Rio de Janeiro, com as participações do Ministério Público Federal e da Receita Federal. Segundo informações da Polícia Federal o pagamento se dava a partir de simulação de pagamentos fictícios de advocacia e entrega de valores em espécie desviados das obras acima citadas.

Houve operações em Niterói Boa Viagem, Icaraí, São Francisco, Itaipu, Fonseca e Camboinhas; e em São Paulo, no Recife e em Petrolina (PE).

Em nota, a Polícia Federal informa que as investigações tiveram início há cerca de oito meses. Indicam o pagamento de pelo menos R$ 35,5 milhões em vantagens indevidas a autoridades públicas e servidores públicos municipais pertencentes ao grupo criminoso. Um dos alvos da Operação foi o ex-secretário municipal de obras da prefeitura do Rio Alexandre Pinto. Segundo informações iniciais foi preso em sua casa, em Jacarepaguá, na Zona Oeste.

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