Na primeira fase da operação, ocorrida em julho de 2015, a Polícia Federal identificou doações irregulares para campanhas eleitorais
Por Redação, com ABr - de Brasília:
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira a quarta fase da Operação Lama Asfáltica, que recebeu o nome de Máquinas de Lama e investiga organização criminosa que desviou recursos públicos por meio de fraudes de licitações, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos. Segundo a PF, o prejuízo aos cofres públicos pode ter chegado a R$ 150 milhões.
Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva (quando a pessoa é levada à delegacia para depor e depois liberada), 32 de busca e apreensão. Além da apreensão de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.
Cerca de 270 policiais federais cumpriram os mandados judiciais em endereços nas cidades sul-matogrossenses de Campo Grande, Nioaque, Porto Murtinho e Três Lagoas; além da cidade de São Paulo e Curitiba.
De acordo com as investigações da PF, foram detectadas “novas motivações para o pagamento de propinas aos servidores públicos e a consequente tentativa de lavagem de dinheiro. Dentre as quais a obtenção de benefícios e isenções fiscais.
Nova fase
A nova fase da Lama Asfáltica é resultado da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores. Durante fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas.
Na primeira fase da operação, ocorrida em julho de 2015. A Polícia Federal identificou doações irregulares para campanhas eleitorais. O grupo criminoso atuava na pavimentação de rodovias, construção de vias públicas, coleta de lixo e limpeza urbana.
O prejuízo aos cofres públicos chegou a R$ 11 milhões, de um total de R$ 45 milhões fiscalizados. Naquela ocasião foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão. Quatro ordens de afastamento de servidores estaduais, suspeitos de participação no esquema criminoso.
Em maio do ano passado, A PF deflagrou a segunda fase da Lama Asfáltica que investigou contratos que movimentaram mais de R$ 2 bilhões. Os contratos estavam relacionados com obras de pavimentação de rodovias, construção e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica.