Líderes do PT agora apóiam realização de novas eleições diretas
Até a conclusão do impeachment, o partido posicionara-se contrário à proposta defendida por Dilma Rousseff, a de um plebiscito para saber se os brasileiros querem abreviar o mandato do governo imposto pela edição de um golpe jurídico, parlamentar e midiático, em curso no país
Até a conclusão do impeachment, o PT posicionara-se contrário à proposta defendida por Dilma Rousseff, a de um plebiscito para saber se os brasileiros querem abreviar o mandato do governo imposto pela edição de um golpe jurídico, parlamentar e midiático, em curso no país
Por Redação - de Brasília e São Paulo
O PT decidiu, na tarde desta sexta-feira, apoiar a proposta para a realização imediata de novas eleições diretas para a Presidência da República. Foi uma mudança de rumos que aconteceu na Executiva Nacional da legenda, reunida na sede nacional, no Centro da capital paulista.
Presidente do PT, Rui Falcão foi voto vencido e passou a tese de novas eleições no país
Até a conclusão do impeachment, o partido posicionara-se contrário à proposta defendida por Dilma Rousseff, a de um plebiscito para saber se os brasileiros querem abreviar o mandato do governo imposto pela edição de um golpe jurídico, parlamentar e midiático, em curso no país e realizar novas eleições, amplas, gerais e irrestritas, antes de 2018.
— O PT vai defender eleições diretas. Houve acordo para isso — afirmou o deputado federal Paulo Teixeira (SP), um dos vice-presidentes da legenda, presentes à reunião da Executiva Nacional.
A resolução a ser divulgada pelo partido, nas próximas horas, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, sairá em defesa do ex-presidente Lula e da presidenta deposta contra o ambiente de ódio que se espalha nas ruas e redes sociais do país.
Dilma e o PT
Enquanto o PT, reunido, voltava atrás na decisão apoiada por Dilma Rousseff de realizar eleições no país, a mandatária cassada comentava, em uma entrevista coletiva no Palácio da Alvorada — que ocupará por mais 26 dias — pela primeira vez em público, a manutenção de seus direitos políticos e de ocupar cargos públicos nos próximos oito anos.
— No processo de votação, eles se desnudam. Eu sei que tinham muitos senadores indecisos, desconfiados que esse processo não era o que pintava. Mas sei também que o governo interino fez uma enorme pressão (para conseguir votos) — disse.
Para Dilma, "o segundo voto é o voto daqueles que não consideram que cabiam uma punição. São senadores que estavam indecisos que sofreram pressões".
— Essa cassação é de fato uma pena principal. Você já afasta uma pessoa sem crime de responsabilidade. E depois tira os direitos também sem crime de responsabilidade? E aí?. Eu não acho que atenua ou não atenua o que fizeram. Acho que são detalhes em decorrência do que fizeram. O ato é que me condenaram a uma morte política, que é a retirada do meu mandato — protestou.
Para Dilma, a "dupla votação" – no caso, a mudança do resultado – é "estranhíssima".
— É no mínimo estranho — afirmou.
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