Rio de Janeiro, 18 de Dezembro de 2025

Líderes do PT agora apóiam realização de novas eleições diretas

Até a conclusão do impeachment, o partido posicionara-se contrário à proposta defendida por Dilma Rousseff, a de um plebiscito para saber se os brasileiros querem abreviar o mandato do governo imposto pela edição de um golpe jurídico, parlamentar e midiático, em curso no país

Sexta, 02 de Setembro de 2016 às 15:01, por: CdB

Até a conclusão do impeachment, o PT posicionara-se contrário à proposta defendida por Dilma Rousseff, a de um plebiscito para saber se os brasileiros querem abreviar o mandato do governo imposto pela edição de um golpe jurídico, parlamentar e midiático, em curso no país

 
Por Redação - de Brasília e São Paulo
  O PT decidiu, na tarde desta sexta-feira, apoiar a proposta para a realização imediata de novas eleições diretas para a Presidência da República. Foi uma mudança de rumos que aconteceu na Executiva Nacional da legenda, reunida na sede nacional, no Centro da capital paulista.
falcao-lula.jpgPresidente do PT, Rui Falcão foi voto vencido e passou a tese de novas eleições no país
Até a conclusão do impeachment, o partido posicionara-se contrário à proposta defendida por Dilma Rousseff, a de um plebiscito para saber se os brasileiros querem abreviar o mandato do governo imposto pela edição de um golpe jurídico, parlamentar e midiático, em curso no país e realizar novas eleições, amplas, gerais e irrestritas, antes de 2018. — O PT vai defender eleições diretas. Houve acordo para isso — afirmou o deputado federal Paulo Teixeira (SP), um dos vice-presidentes da legenda, presentes à reunião da Executiva Nacional. A resolução a ser divulgada pelo partido, nas próximas horas, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, sairá em defesa do ex-presidente Lula e da presidenta deposta contra o ambiente de ódio que se espalha nas ruas e redes sociais do país.

Dilma e o PT

Enquanto o PT, reunido, voltava atrás na decisão apoiada por Dilma Rousseff de realizar eleições no país, a mandatária cassada comentava, em uma entrevista coletiva no Palácio da Alvorada — que ocupará por mais 26 dias — pela primeira vez em público, a manutenção de seus direitos políticos e de ocupar cargos públicos nos próximos oito anos. — No processo de votação, eles se desnudam. Eu sei que tinham muitos senadores indecisos, desconfiados que esse processo não era o que pintava. Mas sei também que o governo interino fez uma enorme pressão (para conseguir votos) — disse. Para Dilma, "o segundo voto é o voto daqueles que não consideram que cabiam uma punição. São senadores que estavam indecisos que sofreram pressões". — Essa cassação é de fato uma pena principal. Você já afasta uma pessoa sem crime de responsabilidade. E depois tira os direitos também sem crime de responsabilidade? E aí?. Eu não acho que atenua ou não atenua o que fizeram. Acho que são detalhes em decorrência do que fizeram. O ato é que me condenaram a uma morte política, que é a retirada do meu mandato — protestou. Para Dilma, a "dupla votação" – no caso, a mudança do resultado – é "estranhíssima". — É no mínimo estranho — afirmou.
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