Manifestantes promovem atos contra a privatização de aeroportos

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Publicado Terça, 12 de Setembro de 2017 às 09:53, por: CdB

Na cidade de São Paulo, o ato se concentrou no Aeroporto de Congonhas, um dos terminais incluídos nos quatro blocos de concessão anunciados pelo governo

Por Redação, com ABr - de São Paulo:

Integrantes do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) promoveram nesta terça-feira atos simultâneos em 19 terminais aéreos no país contra o programa de desestatização do governo federal, que pretende transferir à iniciativa privada 14 aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Nesses locais, foram espalhadas faixas e cartazes e também está sendo distribuída uma carta aos passageiros e ao público em geral, expondo os motivos da insatisfação dos manifestantes.

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Aeroporto de Congonhas

Na cidade de São Paulo, o ato se concentrou no Aeroporto de Congonhas, um dos terminais incluídos nos quatro blocos de concessão anunciados pelo governo. “Nós queremos alertar a população sobre o erro que é conceder Congonhas ao setor privado; porque ele (o aeroporto) é superavitário, o mais rentável da Infraero e banca mais de 60% das despesas geradas nos terminais que operam com deficit”; justificou Severino Macedo, diretor do Sina, em Congonhas.

Severino disse que apesar de terem sido reduzidos voos depois da tragédia com o Airbus A320 da TAM, em 2007; desde então “o número de passageiros só tem crescido neste terminal e aqui não temos crise”.

Manifestação

Em defesa do ato, Severino argumentou que muitas vezes a população é induzida a achar que os servidores públicos são preguiçosos; quando, na realidade, “somos celetistas de uma empresa pública que sustenta o funcionamento do terminal”. Congonhas é o segundo maior aeroporto do país, com movimento de 21 milhões de passageiros por ano.

De acordo com o Conselho do Programa de Parcerias de Investimento (PPI); a meta é a de abrir licitação para 14 aeroportos em quatro blocos. Além de Congonhas, que pela proposta do governo é efetuar o negócio no primeiro e único lote; estão previstas as concessões dos terminais do Nordeste (Maceió, Aracaju, João Pessoa, Campina Grande, Juazeiro do Norte e Recife); de Mato Grosso (Cuiabá, Sinop, Ala Floresta, Barra do Garça e Rondonópolis); e dos aeroporto de Vitória e de Macaé (RJ). Só na área de transportes; o plano de desestatização deve render R$ 8,5 bilhões.

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