Maradona defende tecnologia do árbitro de vídeo no futebol

Arquivado em:
Publicado Terça, 25 de Julho de 2017 às 12:07, por: CdB

O gol feito durante uma disputa de quartas de final entre Argentina e Inglaterra na Copa do Mundo de 1986 é um dos mais comentados da história do esporte

Por Redação, com Reuters - de Buenos Aires:

Diego Maradona defendeu a tecnologia do árbitro de vídeo no futebol, embora esteja ciente de que seu infame gol apelidado de "Mão de Deus" teria sido invalidado se a tecnologia existisse quando estava em seu auge.

maradona.jpg
Maradona abraça jogador chileno Arturo Vidal, após final da Copa das Confederações no início de julho

O gol feito durante uma disputa de quartas de final entre Argentina e Inglaterra na Copa do Mundo de 1986 é um dos mais comentados da história do esporte. Além de sua disparada incrível através de cinco zagueiros no mesmo jogo, que deu ao seu time a vitória de 2 a 1.

O pequeno argentino, que empurrou a bola sobre a cabeça do goleiro Peter Shilton com o punho e marcou o primeiro gol de sua seleção. Ele ficou ainda mais famoso ao afirmar, mais tarde, que ele havia sido marcado pela "Mão de Deus".

– Obviamente penso nisso sempre que demonstro meu apoio ao uso da tecnologia – disse Maradona em uma entrevista publicada no site da Fifa (www.fifa.com) nesta terça-feira.

Copa do Mundo

– Pensei nisso e, claro, aquele gol não teria sido mantido se a tecnologia estivesse por lá. E vou dizer mais uma coisa. Na Copa do Mundo de 1990 usei a mão para afastar a bola da linha contra a União Soviética.

– Tivemos sorte porque o árbitro não viu. Você não podia usar tecnologia na época, mas hoje em dia é outra história.

A Fifa tem testado a tecnologia do árbritro de vídeo em vários torneios antes do Mundial da Rússia do ano que vem, inclusive na Copa das Confederações do mês passado. Seu diretor de arbitragem, Massimo Busacca. Disse que a tecnologia deveria ser aprimorada.

Processo de Ricardo Teixeira

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu na segunda-feira a transferência ao Brasil da investigação penal a que o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira responde na Espanha. Informou o órgão, abrindo caminho para o dirigente ser processado no país por suspeita de recebimento de pagamentos ilegais de ao menos 8,4 milhões de euros.

A Justiça espanhola expediu em junho uma ordem internacional de busca e captura de Teixeira, que mora no Rio de Janeiro. Contudo, até o momento a decisão não foi cumprida em razão de o Brasil não ter tratado de extradição com a Espanha.

Em comentário no seu blog no sábado, o secretário de Cooperação Internacional da PGR, Vladimir Aras, havia dito que a Constituição proíbe expressamente a extradição de brasileiros natos. Havendo ou não tratados internacionais de extradição. Ele observou que, mesmo sem o encaminhamento de Teixeira para o país europeu, ele poderá ser processado no Brasil pelos crimes praticados na Espanha.

– Teixeira será mais um brasileiro acusado de crime no exterior a enfrentar uma investigação. Ou processo penal na jurisdição brasileira – disse.

– Já que a via da extradição está interditada, o Ministério Público Federal negociará com as autoridades judiciais e do Ministério Público da Espanha a transferência do procedimento penal ao Brasil. Com base no tratado de assistência penal entre os dois países e no princípio da reciprocidade – disse Aras.

Na segunda-feira, a PGR informou, por meio da assessoria de comunicação. Que, quando a documentação for recebida pela Secretaria de Cooperação Internacional do órgão. Vai ser encaminhada para o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, que irá analisar o caso e tomar as medidas cabíveis.

Corrupção

Ricardo Teixeira foi acusado na Espanha de ser o articulador de um esquema de desvio de recursos de amistosos da seleção brasileira. Que contava com a participação de espanhóis. Entre eles o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell.

Segundo a acusação espanhola, Teixeira recebeu 8,4 milhões de euros pela comercialização de 24 partidas do Brasil. Com uma empresa árabe com sede nas Ilhas Cayman, enquanto Rosell ficou com 6,5 milhões de euros. Em ambos os casos sem o conhecimento da CBF.

Além da ação na Espanha, ele é um dos três dirigentes brasileiros indiciados nos Estados Unidos por envolvimento no escândalo de corrupção na Fifa. Ao lado do também ex-presidente da CBF José Maria Marin e do atual mandatário da confederação, Marco Polo Del Nero.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo