Ministério da Saúde incorpora medicinas tradicionais e complementares ao SUS

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Publicado Terça, 28 de Março de 2017 às 09:00, por: CdB

Segundo o ministério, é que diversas categorias profissionais no país reconhecem as práticas integrativas e complementares como abordagem de cuidado

Por Redação, com ABr - de Brasília:

Portaria do Ministério da Saúde publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União inclui na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares as seguintes práticas: arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e yoga.

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Diversos Estados e municípios, inclusive, já têm este tipo de prática instituída em sua rede de saúde

De acordo com o texto, a pasta levou em consideração o fato de a Organização Mundial da Saúde preconizar o reconhecimento. E a incorporação das chamadas medicinas tradicionais e complementares nos sistemas nacionais de saúde de seus países-membro.

Outro aspecto importante, segundo o ministério. É que diversas categorias profissionais no país reconhecem as práticas integrativas. E complementares como abordagem de cuidado. Diversos Estados e municípios. Inclusive, já têm este tipo de prática instituída em sua rede de saúde.

Meditação, arteterapia e reiki

Terapias alternativas como meditação, arteterapia e reiki agora fazem parte dos procedimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, estas práticas integram “ações de promoção e prevenção em saúde”. Definidas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) em 2006.

Por meio Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. O Ministério da Saúde reconhece oficialmente a importância das manifestações populares. Em saúde e a chamada medicina não convencional. Considerada como prática voltada à saúde e ao equilíbrio vital do homem. Os serviços são oferecidos por iniciativa local, mas recebem financiamento do Ministério da Saúde por meio do Piso de Atenção Básica (PAB) de cada município.

Praticas

– O campo das práticas integrativas e complementares contempla sistemas médicos complexos. E recursos terapêuticos. Os quais são também denominados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de medicina tradicional e complementar – diz nota do ministério.

Para o diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Allan Nuno. A medida será útil para o desenvolvimento de programas. Para formação de trabalhares nessas áreas e investimentos na área.

– O que a gente está colocando é a possibilidade de realização e registro no sistema de informação do ministério. Para reconhecer formalmente esse tipo de procedimento no SUS. E monitorar as ações, a partir disso. Vamos conseguir inclusive desenvolver ações de formação dos trabalhadores – disse Nuno.

De acordo com o diretor, não é necessariamente o médico que prescreve esses procedimentos. “Por exemplo, a homeopatia. Para você ser habilitado a fazer você pode ser médico, enfermeiro, fisioterapeuta, professor de educação física”.

Algumas terapias já eram oferecidas na categoria “práticas integrativas”. Como práticas corporais em medicina tradicional chinesa, terapia comunitária, dança circular, ioga, oficina de massagem. Auriculoterapia, massoterapia e tratamento termal.

De acordo com a OMS, terapia alternativa significa que ela é utilizada em substituição às práticas da medicina convencional. Já a terapia complementar é utilizada em associação com a medicina convencional e não para substituí-la. O termo integrativa é usada quando há associação da terapia médica convencional aos métodos complementares. Ou alternativos a partir de evidências científicas.

– Historicamente, a gente focou muito no médico e na alopatia. A gente tem essa cultura, sentiu qualquer coisa procura o médico e ele passa um remédio. Mas existem outras terapias reconhecidas pela ciência. Que diminuem sofrimento e melhoram as condições de saúde. A gente não privilegiava tanto essas alternativas e passamos agora a privilegiar mais.

Agora, serão oferecidos meditação, arteterapia, reiki, musicoterapia, tratamento naturopático, tratamento osteopático e tratamento quiroprático.

Saiba mais sobre estes tipos de terapia:

Meditação

A palavra “meditação” vem do latim “meditatum”. Que significa ponderar. Trata-se da prática de concentração mental com o objetivo de harmonizar o estado de saúde.

Arteterapia

Faz uso da arte como parte do processo terapêutico.

Reiki

A técnica japonesa se baseia na prática de imposição das mãos por meio de toque ou aproximação para estimular mecanismos naturais de recuperação da saúde.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Pesquisas e Difusão do Reiki. O método é um sistema natural de harmonização. E reposição energética que mantém ou recupera a saúde. É um método de redução de estresse, captando. Modificando e potencializando energia.

Reiki é uma palavra japonesa que identifica o Sistema Usui de Terapia Natural (Usui Reiki Ryoho). Nome dado em homenagem ao seu descobridor, Mikao Usui. Rei significa universal e refere-se ao aspecto espiritual, à Essência Energética Cósmica. Que permeia todas as coisas e circunda tudo quanto existe. Ki é a energia vital individual que flui em todos os organismos vivos e os mantém.

Musicoterapia

Usa a música e seus elementos como terapia, o som, ritmo, melodia e harmonia.

Tratamento naturopático

É o uso de recursos naturais para recuperação da saúde. A naturopatia encara a doença como um processo. A prevenção, o combate das causas das doenças e a estimulação da inerente capacidade de cura do organismo. O método valoriza a integração das áreas da saúde, as terapias naturais. Como também a inata "sabedoria" do corpo humano. Determinada pelos genes e a evolução da espécie. Para auxiliar no restabelecimento da saúde.

Tratamento osteopático

É uma terapia manual para problemas articulares e de tecidos. A Osteopatia é fundamentada no exame clínico. Através da anatomia, fisiologia e semiologia. Essa técnica é indicada para alterações dolorosas no sistema musculoesquelético. Como é o caso das lombalgias, cervicalgias, hérnias de disco, dores de cabeça e nas articulações. Alterações de sensibilidade e limitações articulares.

Tratamento quiroprático

É a prática de diagnóstico e terapia manipulativa contra problemas do sistema neuro-músculo-esquelético. O objetivo do método é avaliar, identificar e corrigir as subluxações vertebrais e os maus funcionamentos articulares. Que podem causar irregularidades no mecanismo da coluna e na função neurológica. Em vez de prescrever medicação, o profissional de quiroprática busca o funcionamento correto da mecânica do corpo e a nutrição adequada. O objetivo é corrigir a causa do problema e não os sintomas.

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