Moro decreta prisão de João Santana, marqueteiro de Dilma e Lula

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Publicado Segunda, 22 de Fevereiro de 2016 às 06:51, por: CdB

O juiz Sergio Moro negou acesso à defesa de João Santana aos autos da investigação e ainda ironizou o pedido dos advogados

 
Por Redação, do Rio de Janeiro
Na 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, o alvo é o publicitário João Santana. Denominada de `Acarajé`, como os suspeitos envolvidos na ação da Polícia Federal (PF) se referiam ao dinheiro, a investigação prosseguiu durante o dia em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.
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João Santana é publicitário, especializado em marketing político
João Santana, marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, é alvo de um mandado de prisão expedido contra ele. Santana e sua esposa, Mônica Moura, voltam ainda nesta segunda-feira para o Brasil, segundo informações dos advogados do casal. Estão na mira da polícia, além do publicitário, o engenheiro Zwi Skomichi e executivos da empreiteira Odebrecht. A força-tarefa da Operação Lava Jato investigava repasses atribuídos a subsidiárias da Odebrecht em contas no exterior, controladas pelo marqueteiro João Santana; o publicitário comandou todas as campanhas presidenciais do partido desde a reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, entre outras na América Latina. O juiz Sergio Moro negou acesso à defesa de João Santana aos autos da investigação e ainda ironizou o pedido dos advogados: "Evidente, querendo, poderá o investigado antecipar-se à conclusão da investigação e esclarecer junto à autoridade policial seu eventual relacionamento com o grupo Odebrecht", afirmou. Moro decretou o sequestro de um imóvel no valor de R$ 3 milhões, em São Paulo, a pedido da força-tarefa do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Santana é  suspeito de ter ocultado dinheiro ilegal recebido da empreiteira Odebrecht na compra deste imóvel. Os mandados são cumpridos nos Estados da Bahia (Salvador e Camaçari), Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Petrópolis e Mangaratiba e São Paulo capital, Campinas e Poá. O objetivo das investigações desta fase é o cumprimento de medidas cautelares, a partir de representação da autoridade policial, relacionadas a três grupos: um grupo empresarial responsável por pagamento de vantagens ilícitas; um operador de propina no âmbito da Petrobras; e um grupo recebedor, cuja participação fora confirmada com o recebimento de valores já identificados no exterior em valores que ultrapassam US$ 7 milhões. Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da 13ª Vara da Justiça Federal. A 23ª Fase da Operação Lava Jato foi denominada Acarajé em alusão ao termo utilizado por alguns investigados para nominar dinheiro em espécie. Atualizada às 14h40
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