Nova Zelândia: atletas olímpicos discutem risco do vírus zika

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Publicado Sexta, 05 de Fevereiro de 2016 às 11:24, por: CdB

 

A propagação do vírus em toda a América Latina e o Caribe têm colocado os Jogos Olímpicos do Rio no centro das atenções

Por Redação, com agências internacionais - de Wellington/Rio de Janeiro:   Atletas e dirigentes olímpicos da Nova Zelândia foram informados sobre o risco do zika vírus na sexta-feira como parte de suas discussões regulares antes dos Jogos do Rio de Janeiro, informou o Comitê Olímpico da Nova Zelândia (NZOC). A propagação do vírus em toda a América Latina e o Caribe têm colocado os Jogos Olímpicos do Rio no centro das atenções, e as autoridades trabalham para erradicar o mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.
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A propagação do vírus em toda a América Latina e o Caribe têm colocado os Jogos Olímpicos do Rio no centro das atenções
Uma porta-voz do NZOC disse que o vírus seria discutido com atletas e dirigentes em Christchurch na sexta-feira. – Nós não tivemos quaisquer perguntas diretas de atletas querendo ficar em casa, mas, certamente, a obtenção de informações é importante para que as pessoas saibam com o que estão lidando – disse ela. O NZOC está em contato regular com o Departamento de Relações Exteriores da Nova Zelândia e o Ministério da Saúde sobre o surto do vírus, que tem sido associado à microcefalia, uma má-formação cerebral, em bebês no Brasil. O governo da Nova Zelândia aconselhou gestantes e mulheres que planejam gravidez a não viajar para as áreas afetadas.

Segurança dos Jogos

A segurança das Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio 2016 vai contar com ações de combate ao terrorismo, reforço nas fronteiras e cooperação internacional. O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, delegado da Polícia Federal Andrei Rodrigues, falou com exclusividade à agência russa de notícias Sputnik. O maior evento esportivo já realizado na América do Sul, reunindo 15 mil atletas de 206 países, vai ter um contingente estimado em mais de 85 mil profissionais, sendo 47 mil de segurança pública, defesa civil e ordenamento urbano e 38 mil das Forças Armadas. E o Brasil está preparado para garantir a segurança dos Jogos do Rio 2016, mesmo diante de um cenário preocupante com os ataques terroristas que vêm ocorrendo pelo mundo, segundo Andrei Rodrigues, secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça. O Delegado Federal Andrei Rodrigues acredita que o país vai repetir uma boa atuação, como tem feito nos últimos três anos, em eventos como a Copa do Mundo 2014, a Copa das Confederações, a Rio+20 e a Jornada Mundial da Juventude, com a vinda do Papa Francisco.

– Digo com absoluta convicção: o Brasil está preparado – garante Andrei Rodrigues. Nós já fizemos grandes eventos anteriores e demonstramos que estamos preparados, porque hoje temos profissionais qualificados, temos instituições e pessoas comprometidas com o processo, temos a experiência de eventos anteriores, e temos toda a integração que é decisiva, entre todas as instituições com o objetivo comum, que vão com certeza nos levar a ter mais uma vez um evento seguro e pacífico, como tivemos em eventos anteriores.”

Com relação a possíveis ataques terroristas, o secretário destacou a novidade que é a implantação do Centro Integrado Antiterrorismo, que vai contar com a colaboração da inteligência de outros países.

– Além da colaboração internacional, da capacitação, do controle de fronteiras, de toda a política de segurança, que implementamos em eventos anteriores, nós trazemos para os Jogos uma novidade, a criação desse ambiente de cooperação  internacional, que é o Centro Integrado Antiterrorismo, onde nós vamos ter policiais estrangeiros aqui, cooperando conosco para o foco específico do enfrentamento ao terrorismo. É uma unidade que se soma ao Centro de Cooperação Policial Internacional, que nós empregamos aqui já na Copa do Mundo, contando com 40 países naquela oportunidades, com os policiais aqui em território brasileiro.

Além do reforço na segurança no Rio de Janeiro, Andrei Rodrigues também ressalta que haverá reforço na segurança nacional como um todo, como nas cidades-sede do futebol e locais onde haja, por exemplo, aumento do turismo. O secretário destacou ainda um esquema especial de segurança que começará em 3 de maio, com a chegada da Tocha Olímpica, vinda da Grécia, para dar início ao revezamento do símbolo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos por 300 cidades brasileiras, em todas as regiões do país.

– Isso nos trouxe a necessidade de levar esse modelo de segurança integrado também para as cidades que vão receber a Tocha Olímpica. A partir do mês de maio, nós já estaremos com o Centro Nacional de Comando e Controle, que eu tenho a responsabilidade de coordenar, ativado e participando desse processo de segurança do revezamento da Tocha, em conexão com todas as capitais brasileiras, como um modelo de operação uniforme que nós faremos de norte a sul do país, também para as cidades que vão receber fluxos de turistas e o revezamento da Tocha.

O secretário do Ministério da Justiça também afirmou que mesmo com a crise no país o patrulhamento nas fronteiras brasileiras durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos está garantido e não sofreu cortes que possam prejudicar a segurança.

– Os investimentos destinados à segurança não foram contingenciados, e nós então vamos poder mais uma vez, como aconteceu na Copa do Mundo, desenvolver essa operação integrada de todas as polícias dos três níveis de Governo também para as ações de fronteira, aeroportos e portos. Acabamos de adquirir, por exemplo, lanchas para o Comando de Operações Táticas da Polícia Federal que vai também atuar na Zona Portuária do Rio de Janeiro, e também capacitação e preparação dos policiais para atuação na região de fronteira, especialmente para o controle de fronteiras de imigração.

Sobre o treinamento dos policiais e das Forças de Segurança Nacional, Andrei Rodrigues destacou o envio, no ano passado, de cerca de 100 policiais para conhecer as melhores práticas em grandes eventos internacionais. Eles estiveram presentes em eventos como as Maratonas de Boston e de Berlim, o Mundial de Atletismo, na China, os Jogos Europeus Baku 2015, o Tour de France e também a Assembleia-Geral da ONU. Investimentos em tecnologia também vão ajudar a garantir a segurança dos Jogos. De acordo com o Secretário Andrei Rodrigues, atualmente não se pode pensar em segurança sem tecnologia.

– O fundamento da operação são os profissionais preparados, mas um grande aliado é a tecnologia. Nós estamos com fortes investimentos no sistema de comando e controle, que faz toda a gestão do evento, investimentos também na área de videomonitoramento, de sensores e alarmes. Uma aquisição recente foram os balões de monitoramento de grandes áreas. São balões estacionários com câmeras de longo alcance e com alta tecnologia, transmitindo as imagens em tempo real para nossos Centros de Comando e Controle. Também expandimos o nosso sistema de margeamento aéreo e acoplados aos helicópteros, que estarão sobrevoando permanentemente as áreas de interesse operacional.

 
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