Operação da PM deixa mortos em comunidade do Rio

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Publicado Terça, 06 de Junho de 2017 às 08:28, por: CdB

Por causa da operação, uma escola, duas creches e dois Espaços de Desenvolvimento Infantil ficaram fechados na Região do Morro de São Carlos

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:

Três pessoas morreram durante uma operação da Polícia Militar no Morro de São Carlos, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira. Segundo informações da Polícia Militar, homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) faziam uma ação na comunidade quando foram atacados por criminosos armados.

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Três pessoas morreram durante uma operação da Polícia Militar no Morro de São Carlos, na Zona Norte da cidade do Rio

Ainda de acordo com a Polícia Militar, três pessoas ficaram feridas no confronto. Segundo a PM, eles estavam envolvidos no tiroteio e foram encaminhados para o Hospital Souza Aguiar, no Centro da cidade. Mas não resistiram aos ferimentos. Os policiais apreenderam três pistolas.

Por causa da operação, uma escola, duas creches e dois Espaços de Desenvolvimento Infantil ficaram fechados na Região do Morro de São Carlos. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 1,1 mil alunos ficaram sem aula.

Polícia apreende animais silvestres

Policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil do Rio apreenderam na segunda-feira. Durante uma operação em Bangu, na Zona Oeste do Rio, animais silvestres que eram mantidos em cativeiro. Ao todo, foram recuperados duas araras, dois tucanos, um papagaio e 10 pássaros canoros. Os agentes recuperaram ainda cinco gatos, que de acordo com a Polícia Civil, eram mantidos presos em um banheiro.

Uma denúncia do desaparecimento de gatos na região provocou a investigação da DPMA. Que chegou à conclusão que os gatos furtados serviam de comida a falcões, que pertenceriam aos criadores.

As duas pessoas detidas na operação responderão por crime ambiental. Se os crimes forem comprovados. Podem cumprir pena de até 5 anos de prisão. Os gatos recuperados serão entregues aos seus donos na própria delegacia.

Cristo Redentor

Em uma das ações da Semana do Meio Ambiente, que tem como ponto alto o Dia Mundial, comemorado hoje, o Cristo Redentor ficará iluminado, até o próximo sábado. Com a cor verde para chamar atenção de onde for avistado para a necessidade de preservação do planeta. A estátua do Cristo Redentor, um dos cartões postais do Rio de Janeiro, fica no alto do Morro do Corcovado. Localizado no Parque Nacional da Tijuca.

A iniciativa é do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Gestor do parque, em parceria com a Cúria Diocesana, responsável pelo monumento. De acordo com o ICMBio, o Parque Nacional da Tijuca é a unidade de conservação mais visitada do Brasil e recebe, por ano, cerca de 3 milhões de brasileiros e estrangeiros.

Debates

A agenda do Meio Ambiente ganhou um reforço nesta terça-feira com o seminário Ecos da Rio-92: 25 anos depois, que vai reunir ambientalistas no Museu do Amanhã, na Praça Mauá, região portuária do Rio de Janeiro. Contou com a presença da representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) no Brasil, Denise Hamú.

O gerente de Exposições e Conteúdo do Museu do Amanhã, Leonardo Menezes, informou que o seminário discutiu o legado da Eco-92. Que reuniu no Rio chefes de nações para pensar juntos sobre meio ambiente. Além de abrir caminho para outros debates e ações importantes, como as conferências de Biodiversidade e do Clima. “A gente vai poder ver que, a partir dessas convenções. A maior parte foi prevista a partir da Eco-92", afirmou.

Para Leonardo Menezes, 25 anos depois, desafios que foram discutidos na Rio-92 permanecem como grandes problemas para a humanidade. Principalmente, população, alimentação e urbanização. “Nesses três aspectos, os desafios ainda são muito grandes para serem endereçados”, apontou.

População

Na questão da população, apontou que o aumento previsto em 3 milhões de pessoas até o final do século se dá, especialmente, nas regiões mais pobres, tanto na África, como no Sudeste Asiático, que já enfrentam altos níveis de desigualdade. Na alimentação, hoje, muito mal distribuída, a fome que se registra em várias partes do mundo deve ser agravada com as mudanças climáticas.

– A gente já enfrenta crises hídricas pela falta de água potável, em diversas regiões, e as mudanças no padrão do clima também deve alterar a produção da alimentação – disse, acrescentando que a produção, conforme especialistas na questão, terá que dobrar para atender ao aumento previsto na população.

– Como a gente vai fazer isso sem gerar mais desmatamentos? Já temos bastante terrenos que estão degradados e que poderiam ser recuperados por meio da produção de alimentos. Só que esta é uma matemática, onde a gente vê os desmatamentos que vinham caindo, agora começarem a aumentar, seja na Amazônia, seja na Mata Atlântica – disse.

Sobre a urbanização, Menezes lembrou que, no país, 80% da população moram em cidades, em geral, muito inchadas, com baixo planejamento urbano e alto nível de desigualdade. “É preciso repensar a cidade como um local de encontros e não como uma cidade partida”, indicou.

O gerente afirmou que as discussões durante o seminário vão compor um cenário para o futuro, avaliando o que estava previsto na Rio-92 e o que deve ser reforçado, permitindo um diálogo com a sustentabilidade. Ainda nesta semana, o museu também será iluminado na cor verde.

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