Em várias capitais, milhares de pessoas ocuparam as ruas centrais para rejeitar o golpe, exigir o "Fora Cunha"e, também, para criticar o ajuste fiscal do governo
Por Altamiro Borges - de São Paulo: Pela primeira vez neste ano, o quadro de forças se inverteu nas ruas do Brasil. As manifestações pelo impeachment da presidenta Dilma, organizadas por grupelhos fascistas, apoiadas pelos partidos de direita e estimuladas pela mídia privada, foram menores do que as marchas em defesa da democracia. Em várias capitais, milhares de pessoas ocuparam as ruas centrais na última quarta-feira para rejeitar o golpe, exigir o "Fora Cunha"e, também, para criticar o ajuste fiscal do governo e propor mudanças nos rumos da economia. Os protestos uniram a maior parte da esquerda social e política e tiveram o apoio destacado de intelectuais, artistas e juristas comprometidos com a democracia. A sensação dos manifestantes foi a da alma lavada, a de que os golpistas perderam nas ruas do Brasil. O próprio Datafolha, pertencente a sinistra famiglia Frias, confirmou a inversão do cenário. Segundo o seu levantamento, a marcha pela democracia em São Paulo reuniu mais de 55 mil pessoas. Já o ato pelo impeachment, no último domingo, contou com 40,3 mil presentese confirmou o declínio da capacidade de mobilização da direita - que reuniu 210 mil pessoas em março e 135 mil em agosto. No restante do Brasil, a surra foi ainda maior. Nas capitais do Norte e Nordeste, milhares de manifestantes contra o golpe se sobrepuseram à meia dúzia de fascistas. Nas regiões Sul e Sudeste, tratados como grotões da direita nativa, as marchas pelo impeachment de Dilma também foram um fiasco deprimente.Os fascistas perderam nas ruas
Por Altamiro Borges - Pela primeira vez neste ano, o quadro de forças se inverteu nas ruas do Brasil. As manifestações pelo impeachment da presidenta Dilma
Sexta, 18 de Dezembro de 2015 às 07:32, por: CdB