Para Temer, ação do PSDB no TSE é “mero inconformismo”
Em defesa apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral na ação movida pelo do PSDB contra a chapa vencedora das eleições, nesta quarta-feira, o vice-presidente Michel Temer disse que o pedido revela um "sem-número de ilações" decorrentes da "derrota eleitoral".
Quinta, 11 de Fevereiro de 2016 às 11:28, por: CdB
A defesa do vice-presidente rebate os quatro pontos principais da ação tucana, que afirma que houve abuso de poder econômico, político, fraude e uso indevido dos meios de comunicação social
Por Redação, com Vermelho - de Brasília:
Em defesa apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na ação movida pelo do PSDB que tenta cassar a chapa vencedora das eleições, nesta quarta-feira, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) afirma que o pedido dos tucanos revela um "sem-número de ilações" decorrentes da "derrota eleitoral", o que demostra “mero inconformismo”. O PSDB pede que Aécio Neves seja diplomado como presidente.
Para Temer, o pedido dos tucanos revela um "sem-número de ilações" decorrentes da "derrota eleitoral"
Temer sai em defesa da sua chapa com a presidenta Dilma Rousseff. Segundo Flavio Caetano, advogado de Dilma no TSE, ambas as defesas estão sintonizadas, na mesma linha.
- É uma mesma estratégia - disse.
De acordo com reportagem de uma rede de tevê, que teve acesso com exclusividade ao documento de Temer, a defesa do vice-presidente rebate os quatro pontos principais da ação tucana, que afirma que houve abuso de poder econômico, político, fraude e uso indevido dos meios de comunicação social. Ele afirma em sua defesa que há "tentativa de se trazer a Operação Lava Jato" para dentro da Corte eleitoral.
“Trata-se, uma vez mais, de mero inconformismo com o resultado eleitoral, insuficiente para a severa intervenção da justiça Eleitoral”, diz o documento da defesa do vice-presidente.
Ainda segundo Temer, não se pode "demonizar" doações legais e ressalta que a prestação de contas de campanha foi devidamente aprovada pelo TSE. Para ele, não se pode apontar que somente a chapa Dilma e Temer foram beneficiadas com doações de empresas investigadas porque outros candidatos também receberam recursos das mesmas empresas.
“Doação recebida e declarada de pessoa jurídica com capacidade contributiva, independente do que diga um delator, não é caixa dois. Até porque, como visto, o partido autor [PSDB] foi agraciado com vultosas quantias das mesmas empresas, logo, não há mau uso da autoridade governamental pelos representados, afastando o possível abuso de poder político", pontua a defesa, salientando que a coligação da oposição recebeu R$ 40 milhões de empresas investigadas.
“Ocorre que quarenta milhões de reais verteram dos cofres de construtoras investigadas na “Lava Jato” para a campanha dos autores (coligação do PSDB). Número, aliás, capaz de desfazer a premissa invocada para insinuar uma doação ilegal. [...] Eis aqui, como dito desde o início, possivelmente, o ponto que mereça mais atenção na representação. E não por sua relevância jurídica, mas sim pela exposição midiática em torno do tema. Tem -se, na verdade, uma tentativa de trazer a Operação “Lava Jato” para dentro do TSE. Dessa forma, com o devido respeito às manifestações diversas, não se pode demonizar as doações (legais) de empresas, mesmo que integrantes de grupo econômico que preste serviço ao poder público”, diz.
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