O empresário Júlio Lopes (PP-RJ) acaba de ser citado em seu envolvimento nos crimes investigados, no âmbito da Operação Lava Jato. O parlamentar consta, oficialmente, na Lista de Janot
Por Redação - de Brasília
Deputado federal, ex-secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro (entre 2007 e 2014) e batedor de panelas pela cassação da presidenta Dilma Rousseff (PT), o empresário Júlio Lopes (PP-RJ) acaba de ser citado em seu envolvimento nos crimes investigados, no âmbito da Operação Lava Jato. O parlamentar consta, oficialmente, na Lista de Janot. É como ficou conhecido o processo em que a Procuradoria Geral da República (PGR) requer que pessoas com foro privilegiado sejam investigadas por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Julio Lopes teria recebido cerca de R$ 600 mil em dinheiro, da Construtora Norberto Odebrecht, em 2014. A denúncia partiu de dois ex-executivos da empreiteira que firmaram acordo de delação premiada. O deputado recebeu esse dinheiro, segundo os delatores, para defender interesses da companhia, em obras do governo do Estado. A maioria delas ocorreu sob o governo do peemedebista Sérgio Cabral, preso atualmente sob acusações que pesam algumas centenas de anos na cadeia.
Ainda segundo os delatores, o repasse ao parlamentar de extrema direita foi feito em dinheiro. Não há registros de doações legais da Odebrecht ao deputado, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em nota, distribuída à mídia, Lopes diz apenas que não comentaria "supostas acusações”. Durante sua gestão, diz ele, "trabalhou unicamente em defesa dos interesses do Estado".