Órgão legislativo da UE anuncia decisão em meio a investigações sobre imagens de vítimas do "Estado Islâmico" postadas pela candidata da extrema direita à presidência da França
Por Redação, com DW - de Paris:
O Parlamento Europeu retirou nesta quinta-feira a imunidade parlamentar de Marine Le Pen, candidata da extrema direita à presidência da França. A líder do partido Frente Nacional é acusada de divulgar imagens violentas, no caso de vítimas do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI), postadas no Twitter.
Os legisladores decidiram por larga maioria privar Le Pen, que é deputada no Parlamento Europeu, de sua imunidade no caso. O qual começou a ser investigado por promotores franceses em 2015. Ela pode agora responder a processo.
Na ocasião, a candidata da extrema direita divulgou imagens de atrocidades cometidas pelo EI. Para, segundo ela, protestar contra comparações entre a Frente Nacional e o grupo extremista feitas por um apresentador de rádio. Entre as imagens está uma do jornalista americano James Foley. Le Pen retirou a imagem depois de os pais de Foley se mostrarem indignados.
A Justiça francesa abriu uma investigação por "difusão de imagens de violência" e pediu ao Parlamento Europeu que retirasse a imunidade parlamentar de Le Pen. O Parlamento acatou, por ampla maioria, a recomendação pela retirada da imunidade feita pela comissão responsável.
Decisão
A decisão divulgada nesta quinta-feira diz respeito apenas às postagens no Twitter e não a supostosdesvios de recursos do órgão legislativo da União Europeia (UE), dos quais Le Pen também é acusada.
Le Pen lidera as pesquisas eleitorais para a presidência da França, mas perderia no segundo turno, segundo as sondagens.