Plano golpista prevê criação de setor para fatiar o Estado

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Publicado Sexta, 29 de Abril de 2016 às 10:42, por: CdB

O novo órgão, a ser chefiado por Moreira Franco, que exerceu o Ministério da Aviação Civil e de Assuntos Estratégicos, no governo Dilma Rousseff não terá status de ministério, mas iria se reportar diretamente ao líder golpista Michel Temer

 
Por Redação - de Brasília
Uma vez ocupada a Presidência da República, consolidado o golpe de Estado, em curso no país, o vice-presidente Michel Temer seguirá com o plano de suprimir a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), ampliar as privatizações e as concessões públicas ao mercado financeiro. A área responsável por fatiar o serviço público, segundo o vice-presidente, no exercício do Estado de facto — uma vez afastada de suas atribuições a presidenta da República, Dilma Rousseff — será gerenciada por Wellington Moreira Franco, ex-governador do Estado do Rio de Janeiro. Caberá a Moreira Franco a montagem de “uma equipe técnica” para esse fim.
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Moreira Franco foi ministro da presidenta Dilma Rousseff
O novo órgão, a ser chefiado por Moreira Franco, que exerceu o Ministério da Aviação Civil e de Assuntos Estratégicos, no governo Dilma Rousseff não terá status de ministério, mas iria se reportar diretamente a Temer, caso o Senado aprove o afastamento de Dilma. O “grupo técnico”, nos planos dos líderes do golpe de Estado, a instância administrativa será responsável por distribuir as concessões de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias. Também poderá ser responsável por privatizações e Parcerias Público-Privadas (PPPs) em qualquer setor do governo, como a Saúde e a Educação.

Plano golpista

Caberá a Moreira Franco negociar com o mercado financeiro a distribuição dos bens públicos em um amplo programa de concessões das obras de infraestrutura. "O Estado deve transferir para o setor privado tudo o que for possível em matéria de infraestrutura", diz o documento "A Travessia Social", da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB. Segundo o “Plano Temer", a confiança dos investidores voltaria com a saída da equipe de Dilma e a instalação dos novos nomes indicados pelo vice-presidente. A mudança na percepção do mercado favoreceria o aumento da participação da iniciativa privada na execução dos projetos de infraestrutura.
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