Rio inicia mutirões contra o Aedes Aegypti

Além de eliminar os criadouros do mosquito em suas próprias residências, a população também pode colaborar solicitando vistorias e denunciando possíveis focos

Por Redação, com ARN - do Rio de Janeiro: A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio promoveu, nesta segunda-feira, uma série de mutirões para intensificar o combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. As ações acontecerão, semanalmente, em regiões diferentes da cidade e têm como objetivo, além de buscar e eliminar possíveis focos do mosquito, mobilizar a população com atividades educativas para que possa colaborar no combate ao vetor em suas próprias residências. Nesta primeira semana, as atividades serão realizadas, até a próxima sexta-feira nas regiões de Madureira e adjacências e de Santa Cruz e Paciência (Áreas de Planejamento 3.3 e 5.3, respectivamente). –  A melhor forma de se prevenir a dengue, a zika e a chikungunya é combatendo o mosquito. O trabalho dos agentes de vigilância ambiental em saúde não para, acontece o ano inteiro, mas eles sozinhos não podem vencer essa luta, precisam da ajuda da população. As pessoas têm que ter a consciência de cuidar do seu próprio ambiente, porque 80% dos criadouros do Aedes aegypti estão dentro das casas. É o pratinho da planta, a vasilha, a garrafa deixada no quintal, a caixa d'água destampada, qualquer recipiente que possa acumular água vira um criadouro do mosquito – alerta a superintendente de Vigilância em Saúde, Cristina Lemos. A SMS contou com mais de 3 mil agentes de vigilância ambiental em saúde. As equipes estão em campo diariamente, durante todo o ano, mesmo nos meses de menor presença do Aedes aegypti. Neste ano, até o momento, foram realizadas 9,136 milhões de visitas de inspeção a imóveis em toda a cidade em busca de focos do vetor, eliminando 956 mil depósitos e tratando outros 3 milhões. O trabalho consiste em orientar os moradores, eliminar os criadouros passíveis de eliminação e tratar aqueles que não podem ser eliminados para evitar a proliferação dos focos.

O ingresso compulsório em imóveis fechados ou abandonados, quando o proprietário não entra em contato para liberar o acesso dos agentes, é feito com base no decreto nº 34.377, de 2011. Este ano, os agentes de vigilância ambiental fizeram 1.068 notificações em imóveis que estavam fechados na primeira visita, com 74 publicações em Diário Oficial para entrada compulsória. A grande maioria dos proprietários procurou a SMS, após a notificação ou dentro do prazo estipulado no DO, abrindo o local para permitir a vistoria. Em 51 imóveis, no entanto, os agentes precisaram fazer a entrada compulsória permitida pelo decreto. Durante a programação desta semana nas regiões de Madureira e Santa Cruz, em paralelo às vistorias em imóveis feitas pelos agentes de vigilância ambiental de saúde, os profissionais das Clínicas da Família e dos Centros Municipais de Saúde vão realizar, nas unidades e em seus territórios, atividades como palestras para usuários, em especial as gestantes, orientações na sala de espera, caminhadas para sensibilização e distribuição de folhetos informativos aos moradores. Também serão realizadas gincanas de coleta de lixo reciclável, exposições de material explicativo sobre o Aedes aegypti e cuidados para evitar o surgimento de criadouros. Além de eliminar os criadouros do mosquito em suas próprias residências, a população também pode colaborar solicitando vistorias e denunciando possíveis focos por meio da Central de Atendimento da Prefeitura (telefone 1746). De todas as solicitações feitas este ano sobre o Aedes aegypti ao serviço, 95,15% foram atendidas pelos agentes de vigilância ambiental em saúde.