SUS oferece diagnóstico e tratamento gratuitos contra a leishmaniose

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Publicado Terça, 15 de Agosto de 2017 às 08:58, por: CdB

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento gratuitos para a população contra os dois tipos da doença: tegumentar e visceral

Por Redação, com ACS - de Brasília:

A leishmaniose não é considerada uma doença que mata, mas deve ser tratada o mais rápido possível para evitar complicações e facilitar a cura do paciente. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento gratuitos para a população contra os dois tipos da doença: tegumentar e visceral.

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Pessoas com sintomas da doença podem procurar unidades básicas de saúde para realizar procedimentos necessários

Ao primeiro sintomas, o paciente deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima para avaliação médica. Confirmado o diagnóstico, o tratamento é feito com uso de medicamentos específicos e eficazes.

No caso da leishmaniose tegumentar, que é caracterizada por úlceras na pele e mucosas, a medicação usada hoje em dia no Brasil é o antimoniato de meglumina.

Desde 2014, o Ministério da Saúde adota o tratamento intralesional, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI). Ele consiste na aplicação de injeções do medicamento, em menores doses, de forma subcutânea, diretamente nas feridas.

Segundo o pesquisador e chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses (LaPClinVigiLeish) do INI, Armando Schubach, essa forma de se administrar a medicação trouxe benefícios ao tratamento.

– Ao analisarmos a notificação de óbitos por leishmaniose, percebemos que mais de uma centena de pessoas perdem a vida por uma doença que não mata. Ou seja, provavelmente o tipo de tratamento está envolvido. Por isso, resolvemos priorizar um tratamento menos tóxico e menos agressivo, sempre resguardando a segurança do paciente. Após mais de 30 anos de estudo, percebemos que estamos no caminho certo – diz.

Leishmaniose visceral

Para o tratamento da leishmaniose visceral (LV), que causa febre e atinge áreas como o fígado e o baço; são utilizados três fármacos, a depender da indicação médica: o antimoniato de N-metil glucamina; a anfotericina B lipossomal e o desoxicolato de anfotericina B.

Os medicamentos utilizados atualmente para tratar a LV não eliminam por completo o parasita nas pessoas e nos cães. Por esse motivo, o tratamento da leishmaniose visceral canina (LVC) traz riscos para a saúde pública por contribuir com a disseminação da doença.

Os cães não são curados parasitologicamente, permanecendo como reservatórios do parasita. Além de haver o risco de desenvolvimento e disseminação de cepas de parasitas resistentes às poucas medicações disponíveis para o tratamento da leishmaniose visceral humana.

No entanto, no Brasil o homem não tem importância como reservatório, ao contrário do cão. Dessa forma, nos cães, o tratamento pode até resultar no desaparecimento dos sinais clínicos. Porém esses animais ainda continuarão como fontes de infecção para o vetor. Portanto, um risco para saúde da população humana e canina.

A recomendação para cães infectados com a Leishmania infantum chagasi é a eutanásia; que deve ser realizada de forma integrada com as demais orientações do Ministério da Saúde.

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