Os quatro, os únicos ainda vivos entre os 12 suspeitos que se acredita terem composto o grupo, foram levados de Barcelona a Madri e chegaram à Suprema Corte
Por Redação, com Reuters - de Madri:
Quatro homens acusados de pertencerem a uma célula jihadista responsável pelo ataque com uma van que matou 13 pessoas em Barcelona na semana passada compareceram a um tribunal nesta terça-feira, um dia depois de o suposto motorista ter sido morto a tiros pela polícia.
Os quatro, os únicos ainda vivos entre os 12 suspeitos que se acredita terem composto o grupo, foram levados de Barcelona a Madri. Eles chegaram à Suprema Corte; que lida com casos de terrorismo; em um comboio de veículos policiais com as sirenes ligadas.
Na segunda-feira a polícia matou a tiros Younes Abouyaaqoub, de 22 anos; que identificou como o motorista da van que acelerou pela lotada avenida Las Ramblas; em Barcelona, na quinta-feira, deixando um rastro de 13 mortos e 120 feridos de 34 países.
Depois do ataque, Abouyaaqoub fugiu a pé, matou a facadas um homem que estacionava o carro e fugiu em seu veículo.
O jornal espanhol La Vanguardia relatou nesta terça-feira que Abouyaaqoub andou cerca de 40 quilômetros de Sant Just Desvern, uma cidade nos arredores de Barcelona onde descartou o carro roubado; até Subirats, onde foi baleado fatalmente.
Violência
Abouyaaqoub, que havia trocado de roupa, andou durante a noite e se escondeu durante o dia, disse o jornal; citando fontes envolvidas na investigação.
Carlos Mundo, principal autoridade judiciária do governo da Catalunha; disse que a polícia está investigando se Abouyaaqoub teve alguma ajuda enquanto esteve foragido.
– Está claro que ele deve ter tido alguma forma de logística – disse ele à Rádio Catalunha.
Estado Islâmico
O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque com a van e por outro; ocorrido horas depois, na cidade litorânea turística de Cambrils, no sul de Barcelona.
Novamente um carro foi usado para atropelar pessoas, e seus ocupantes saíram para tentar esfaquear pessoas.
Os cinco agressores, que usavam o que acabou se descobrindo serem coletes de explosivos falsos, foram mortos a tiros pela polícia, e uma mulher espanhola morreu no ataque.
Em pouco mais de um ano, militantes islâmicos usaram veículos como armas para matar quase 130 pessoas na França, Alemanha, Reino Unido, Suécia e Espanha.
Membro de um grupo jihadista
Um suposto membro de um grupo jihadista que realizou o ataque com uma van em Barcelona disse a uma corte espanhola nesta terça-feira que o grupo estava planejando uma ação muito maior usando explosivos. Disse uma fonte judiciária.
O depoimento foi feito na suprema corte espanhola por Mohamed Houli Chemlal; um dos quatro suspeitos detidos levados a Madri para depor pela primeira vez sobre o plano.
Chemlal foi preso após ter se ferido na explosão em uma casa em Alcanar; ao sudoeste de Barcelona, um dia antes do ataque com uma van na movimentada avenida de Las Ramblas.
Segundo uma fonte familiarizada com o assunto; dois dos quatro suspeitos disseram ao juiz que um imã local foi quem instigou o plano.
Abdelbaki Es Satty, um antigo imã na cidade de Ripoll, local de origem da maioria dos membros da célula; morreu em uma explosão em uma casa na noite anterior ao ataque com a van.