Suspeitos de ataque em Barcelona comparecem a tribunal de Madri

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Publicado Terça, 22 de Agosto de 2017 às 08:05, por: CdB

Os quatro, os únicos ainda vivos entre os 12 suspeitos que se acredita terem composto o grupo, foram levados de Barcelona a Madri e chegaram à Suprema Corte

Por Redação, com Reuters - de Madri:

Quatro homens acusados de pertencerem a uma célula jihadista responsável pelo ataque com uma van que matou 13 pessoas em Barcelona na semana passada compareceram a um tribunal nesta terça-feira, um dia depois de o suposto motorista ter sido morto a tiros pela polícia.

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Forças de segurança acompanham um dos quatro detidos por relação com ataque de Barcelona, em Madri

Os quatro, os únicos ainda vivos entre os 12 suspeitos que se acredita terem composto o grupo, foram levados de Barcelona a Madri. Eles chegaram à Suprema Corte; que lida com casos de terrorismo; em um comboio de veículos policiais com as sirenes ligadas.

Na segunda-feira a polícia matou a tiros Younes Abouyaaqoub, de 22 anos; que identificou como o motorista da van que acelerou pela lotada avenida Las Ramblas; em Barcelona, na quinta-feira, deixando um rastro de 13 mortos e 120 feridos de 34 países.

Depois do ataque, Abouyaaqoub fugiu a pé, matou a facadas um homem que estacionava o carro e fugiu em seu veículo.

O jornal espanhol La Vanguardia relatou nesta terça-feira que Abouyaaqoub andou cerca de 40 quilômetros de Sant Just Desvern, uma cidade nos arredores de Barcelona onde descartou o carro roubado; até Subirats, onde foi baleado fatalmente.

Violência

Abouyaaqoub, que havia trocado de roupa, andou durante a noite e se escondeu durante o dia, disse o jornal; citando fontes envolvidas na investigação.   

Carlos Mundo, principal autoridade judiciária do governo da Catalunha; disse que a polícia está investigando se Abouyaaqoub teve alguma ajuda enquanto esteve foragido.

– Está claro que ele deve ter tido alguma forma de logística – disse ele à Rádio Catalunha.

Estado Islâmico

O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque com a van e por outro; ocorrido horas depois, na cidade litorânea turística de Cambrils, no sul de Barcelona.

Novamente um carro foi usado para atropelar pessoas, e seus ocupantes saíram para tentar esfaquear pessoas.

Os cinco agressores, que usavam o que acabou se descobrindo serem coletes de explosivos falsos, foram mortos a tiros pela polícia, e uma mulher espanhola morreu no ataque.

Em pouco mais de um ano, militantes islâmicos usaram veículos como armas para matar quase 130 pessoas na França, Alemanha, Reino Unido, Suécia e Espanha.

Membro de um grupo jihadista

Um suposto membro de um grupo jihadista que realizou o ataque com uma van em Barcelona disse a uma corte espanhola nesta terça-feira que o grupo estava planejando uma ação muito maior usando explosivos. Disse uma fonte judiciária.

O depoimento foi feito na suprema corte espanhola por Mohamed Houli Chemlal; um dos quatro suspeitos detidos levados a Madri para depor pela primeira vez sobre o plano.

Chemlal foi preso após ter se ferido na explosão em uma casa em Alcanar; ao sudoeste de Barcelona, um dia antes do ataque com uma van na movimentada avenida de Las Ramblas.

Segundo uma fonte familiarizada com o assunto; dois dos quatro suspeitos disseram ao juiz que um imã local foi quem instigou o plano.

Abdelbaki Es Satty, um antigo imã na cidade de Ripoll, local de origem da maioria dos membros da célula; morreu em uma explosão em uma casa na noite anterior ao ataque com a van.

 

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