Rio de Janeiro, 13 de Dezembro de 2025

Governo Temer avisa mineradoras que ia liberar garimpo na Amazônia

Denúncia publicada em agência estatal britânica se transforma em um novo escândalo para Michel Temer.

Sábado, 26 de Agosto de 2017 às 14:27, por: CdB

Denúncia publicada em agência estatal britânica se transforma em um novo escândalo para Michel Temer.

 

Por Redação, com BBC - de Londres

 

O presidente de facto, Michel Temer, autorizou o vazamento a mineradoras transnacionais, no Canadá, sobre a liberação do garimpo em uma área maior do que a Dinamarca, no coração da Floresta Amazônica. A denúncia ganhou o mundo, neste sábado, após ser publicada na página da agência britânica de notícias BBC.

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Fernando Coelho foi nomeado por Temer para o ministério das Minas e Energia

O operador de Temer foi Fernando Coelho, filho do senador Fernando Bezerra (PSB-PE). Trata-se de um dos políticos mais envolvidos em crimes de corrupção, no âmbito da Operação na Lava Jato.

Segundo a BBC, a liberação para que a área colossal, entre os Estados do Pará e Amapá seja devastada saiu no Diário Oficial da última quinta-feira “sem alarde”. O decreto que determina a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), na Amazônia, surpreendeu muita gente e ganhou manchetes alarmadas no Brasil e nos principais jornais do mundo.

Em Toronto

“Não foi o que ocorreu com investidores e empresas de mineração canadenses. Em março, cinco meses antes do anúncio oficial do governo, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, anunciou a empresários do país que a área de preservação amazônica seria extinta, e que sua exploração seria leiloada entre empresas privadas”, registra a BBC.

Ainda segundo a agência, “o fim da Renca foi apresentado pelo governo Temer durante um evento aberto em Toronto, o Prospectors and Developers Association of Canada (PDAC), junto a um pacote de medidas de reformulação do setor mineral brasileiro, que inclui a criação de Agência Nacional de Mineração e outras iniciativas para estimular o setor”.

“Pouco depois do encontro, em abril, o ministério de Minas e Energia publicou no Diário Oficial uma portaria – que passou despercebida pelo público em geral – pavimentando o caminho para o decreto que seria assinado alguns meses depois e dispondo sobre títulos minerários dentro da Renca”, conclui.

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