Publicado Domingo, 19 de Junho de 2016 às 08:03, por: CdB
Entre os feridos nesta madrugada no Hospital Muncipal Souza Aguiar estão um policial militar que foi baleado durante o confronto
Por Redação, com Agências de Notícias - do Rio de Janeiro:
Uma intensa troca de tiros no Hospital Municipal Souza Aguiar, Centro do Rio, na madrugada deste domingo deixou uma pessoa morta e duas feridas. Bandidos entraram no hospital para resgatar um criminoso suspeito de ser um dos chefes do tráfico de drogas no Morro Santo Amaro, Zona Sul.
Bandidos entraram no hospital para resgatar um criminoso suspeito de ser um dos chefes do tráfico de drogas no Morro Santo Amaro
O grupo chegou em quatro motos e cinco carros e usou fuzis, pistolas e explosivos para trocar tiros com a polícia, segundo a Polícia Militar. Uma granada foi lançada contra uma viatura, e um ambulante e uma funcionária do hospital foram feitos reféns.
Entre os feridos estão um policial militar baleado no confronto e um técnico de enfermagem. Um homem identificado como Ronaldo Luiz Marriel de Souza foi baleado e não resistiu.
O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Capital, e a polícia aponta que o grupo tinha envolvimento com o tráfico de drogas.
Policiais do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) estão fazendo uma busca para localizar o grupo. Informações que possam ajudar as investigações podem ser transmitidas às autoridades anonimamente pelo Disque-Denúncia 2253-1177 ou pelo 190.
O Hospital Souza Aguiar foi interditado para a realização de uma perícia.
Estado de calamidade pública
Na última sexta-feira o governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, decretou estado de calamidade pública por causa da crise financeira. No texto publicado no Diário Oficial, o governador diz que o decreto visa a garantir o cumprimento das obrigações estaduais com a realização dos Jogos Olímpicos, que terão início em agosto.
Nos primeiros oito parágrafos do decreto, são detalhados os motivos que levaram à decretação do estado de calamidade, incluindo a crise econômica que atinge o estado, a queda na arrecadação com o ICMS e os royalties do petróleo, a dificuldade do estado em honrar os compromissos para a realização dos Jogos, dificuldades na prestação de serviços essenciais, como nas áreas de segurança pública, saúde, educação e mobilidade.
Em um trecho é citada a proximidade do evento esportivo e a chegada das primeiras delegações à cidade como justificativa para a adoção da medida.
“Considerando que já nesse mês de junho as delegações estrangeiras começam a chegar na cidade do Rio de Janeiro, a fim de permitir a aclimatação dos atletas para a competição que se inicia no dia 5 de agosto do corrente ano; considerando, por fim, que os eventos possuem importância e repercussão mundial, onde qualquer desestabilização institucional implicará um risco à imagem do país de dificílima recuperação.”
O documento diz ainda, no Artigo 1º, que o estado de calamidade pública ocorre "em razão da grave crise financeira no Estado do Rio de Janeiro, que impede o cumprimento das obrigações assumidas em decorrência da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016". O texto diz também que "ficam as autoridades competentes autorizadas a adotar medidas excepcionais necessárias à racionalização de todos os serviços públicos essenciais, com vistas à realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016" e "as autoridades competentes editarão os atos normativos necessários à regulamentação do estado de calamidade pública para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016”.
Nesta segunda-feira, está prevista reunião do presidente interino Michel Temer com governadores para discutir crise nos estados. O governador do Rio de Janeiro irá participar do encontro.
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