A maior parte dos desaparecidos é adultos, entre 18 e 59 anos, que correspondem a 54% dos casos
Por Redação, com ACS - do Rio de Janeiro: Especializada em solucionar desaparecimentos, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) já resolveu 88% dos casos investigados. Entre setembro de 2014, quando foi inaugurada, e dezembro do ano passado, 2.491 pessoas desapareceram. Deste total, 2.192 foram encontradas pelos policiais da especializada e 299 casos estão em andamento. A maior parte dos desaparecidos é adultos, entre 18 e 59 anos, que correspondem a 54% dos casos. Em seguida, estão os jovens, de 0 a 17 anos, que são 35% dos registros. Os idosos, com mais de 60 anos, representam 11%. Segundo a delegada da especializada, Elen Souto, cada grupo possui um determinado perfil de desaparecimento e demanda um modo de investigação específico. – Muitos adultos desaparecem por envolvimento com drogas ou transtornos mentais. Já crianças e adolescentes fogem de conflitos em casa ou são aliciadas para prostituição ou tráfico. Entre os idosos, muitos sofrem do Mal de Alzheimer e outras doenças mentais. Por isso, é importante que as pessoas portem algum tipo de identificação, que possa ajudar na investigação – explicou a titular. Para Elen Souto, o ideal é que a pessoa com transtornos use um cordão ou pulseira apenas com o nome completo. Na DDPA, com a autorização da família, são produzidos cartazes com a foto, informações sobre o desaparecido e o telefone da delegacia. Os cartazes são de pessoas vulneráveis: menores de idade, idosos e adultos com transtornos mentais. – Em cartazes com o telefone da família, uma pessoa mal intencionada pode tentar extorquir os familiares para devolver o desaparecido. Por isso, produzimos o material, que é entregue à família e publicado nas redes sociais – disse a delegada. Delegacia amplia parceria com a Secretaria de Saúde A Delegacia de Descoberta de Paradeiros ampliou a parceria com a Secretaria de Saúde para identificar pessoas que dão entrada na rede estadual. Desde o fim de 2015, a chegada de pacientes sem identificação em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) é comunicada à Polícia Civil, procedimento já realizado nas emergências estaduais.