Rio de Janeiro, 13 de Dezembro de 2025

Verão e os cuidados com a pele

A incidência de doenças relacionadas à pele aumenta durante o verão. Normalmente relacionadas ao calor, ao suor excessivo e à exposição exagerada ao sol, doenças das mais comuns às mais complexas devem ser prevenidas.

Terça, 09 de Fevereiro de 2016 às 09:15, por: CdB

Entre as doenças de pele mais comuns no verão estão as micoses e frieiras que afetam sobretudo as áreas de dobra, como virilha e dedos dos pés

Por Redação - do Rio de Janeiro:
A incidência de doenças relacionadas à pele aumenta durante o verão devido às altas temperaturas. Normalmente relacionadas ao calor, ao suor excessivo e à exposição exagerada ao sol, doenças das mais comuns às mais complexas podem e devem ser prevenidas. Entre as enfermidades mais comuns estão as micoses e frieiras que afetam sobretudo as áreas de dobra, como virilha e dedos dos pés, mas podem acometer também tronco, abdômen e unhas. Segundo a dermatologista Marcia Ramos e Silva, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), para evitar as micoses, o ideal é secar bem essas regiões após o banho e evitar o acúmulo de suor. O uso de roupas de algodão ou de materiais arejados também ajuda. Outra dica é usar talcos ou outros produtos que mantenham a pele seca.
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Pessoas de pele muito clara devem usar protetores com fator de proteção solar (FPS) mais altos
- É muito importante a troca diária de todas as roupas, inclusive das meias - explica. O número de casos de viroses como o herpes simples, especialmente nos lábios, aumentam no verão já que a exposição solar em excesso facilita o reaparecimento do vírus. Neste caso, é indicada a hidratação constante da pele, por meio de hidratantes e protetores solares, inclusive em forma de batom. A exposição excessiva ao sol pode ainda provocar envelhecimento precoce da pele, manchas, lesões pré-cancerosas e até cânceres. - Sem proteção, a pele perde elasticidade, fica mais espessa, ressecada e áspera. Nessas condições, ela sofre traumatismos facilmente e pode haver mais lesões pré-malignas e malignas - destaca a dermatologista.

Prevenção

Para evitar estas doenças é necessário usar filtros solares diariamente e, no caso de pessoas de pele muito clara, também de acessórios como bonés e camisas. - Mesmo depois de anos, o uso constante de fotoprotetor pode levar a certa reversão do fotoenvelhecimento, melhorando parte dos danos causados pelo sol - ressalta Marcia. O ideal, segundo a especialista, é consultar um dermatologista pelo menos uma vez ao ano, para que ele possa identificar e tratar qualquer doença cutânea. FPS: qual usar? De um modo geral, pessoas de pele muito clara devem usar protetores com fator de proteção solar (FPS) mais altos, como o 60. Pessoas que ficam facilmente bronzeadas e aquelas de pele negra podem recorrer a fatores com índices mais baixos, como o 15. Isso é possível porque essas pessoas possuem maior quantidade de melanina, pigmento que confere cor à pele, protegendo-a dos raios solares. Mas é preciso ressaltar que, mesmo quem tem pele negra deve usar o protetor, pois o excesso de sol pode levar a manchas e imunodepressão (diminuição das defesas orgânicas). O uso incorreto do filtro pode reduzir o FPS em até 50%. Por isso, é importante respeitar as indicações dos fabricantes e dos dermatologistas, aplicando o produto 30 minutos antes da exposição solar e reaplicando-o pelo menos a cada duas horas. Existem. hoje, no mercado filtros químicos e físicos. Os primeiros são substâncias que reagem com a pele e, assim, protegem da radiação. São produtos transparentes que podem ser usados no dia a dia. Já os filtros físicos, que funcionam como verdadeiros bloqueadores, impedem que a radiação atinja a pele. São aqueles que formam uma camada protetora sobre a pele, deixando-a completamente coberta e branca. Este tipo é indicado para pessoas extremamente brancas ou em situações de exposição mais intensa ao sol. Os produtos para crianças pequenas, de seis meses a dois anos, normalmente são compostos apenas de filtros físicos, pois os químicos podem provocar alergias e reações cutâneas nessa faixa etária.
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