Vereador e diretor de Instituto de Criminalística são presos no Rio

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Publicado Terça, 08 de Agosto de 2017 às 08:20, por: CdB

Para aumentar o lucro do esquema, alguns hospitais enviavam corpos para o IML mesmo sem necessidade, isto é, pessoas que tiveram morte natural e insuspeita

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro fizeram nesta terça-feira uma operação contra esquema de corrupção no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande, na Zona Oeste da cidade. Os policiais cumpriram mandados de prisão contra o vereador do Rio Dr. Gilberto, o diretor-geral do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, Sérgio William Silva Miana, e o chefe do posto de polícia técnica de Campo Grande, Franklin Silva da Paz.

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Polícia e MP prendem Vereador e diretor de Instituto de Criminalística do Rio

Os policiais também cumprem mandados de busca e apreensão na casa dos acusados e na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Os três foram denunciados por associação criminosa e concussão; que é o uso de sua função pública para exigir vantagem indevida.

Segundo investigações da Polícia Civil, eles são acusados de envolvimento com um esquema fraudulento, desde 2014; que usava empresas funerárias e hospitais da região. As funerárias pagavam propinas aos três acusados para preparar os cadáveres dentro do IML antes do funeral, prática que é proibida.

Para aumentar o lucro do esquema, alguns hospitais enviavam corpos para o IML mesmo sem necessidade. Isto é, pessoas que tiveram morte natural e insuspeita.

As investigações

As investigações mostram que até funcionários terceirizados, contratados originalmente para manutenção e limpeza do prédio, faziam o trabalho de auxiliares de necropsia. Ajudando na lavagem, arrumação, preenchimento e maquiagem dos cadáveres para entregá-los preparados, dentro dos esquifes.

O esquema, segundo o Ministério Público, causava prejuízos aos cofres públicos, devido ao grande número dessas autópsias desnecessárias. De acordo com o MP, o IML de Campo Grande apresenta; estatisticamente, um número de atendimentos por morte natural extraordinariamente superior ao número de perícias por morte violenta.

À Agência Brasil entrou em contato com o gabinete do vereador Dr. Gilberto na manhã desta terça-feira. Mas não havia ninguém no local.

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