Analistas veem preço do barril de petróleo acima dos US$ 100

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Publicado Sexta, 05 de Outubro de 2018 às 08:30, por: CdB

O iminente retorno das sanções dos EUA sobre o Irã e gargalos que impedem o petróleo norte-americano de chegar ao mercado alimentaram uma recuperação que levou os preços de referência a máximas em quatro anos.

 
Por Redação, com Reuters - de Nova York, NY-EUA
  Operadores do mercado de petróleo apostam que os preços de referência da commodity nos EUA poderão subir a US$ 100 o barril até o próximo ano, um patamar que até recentemente muitos consideravam impensável devido ao crescimento recorde da produção norte-americana e à demanda global relativamente estável.

Em aberto

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O preço do diesel e da gasolina, principais derivados do petróleo, encerram este ano com novos aumentos
Mas o iminente retorno das sanções dos EUA sobre o Irã e gargalos que impedem o petróleo norte-americano de chegar ao mercado alimentaram uma recuperação que levou os preços de referência a máximas em quatro anos. Enquanto grandes nações produtoras dizem que a oferta é ampla, fundos de hedge e especuladores estão cada vez mais céticos em relação a esse argumento, apostando que o mercado poderia se recuperar à medida que as sanções sobre as exportações de petróleo do Irã voltarem em 4 de novembro. O viés de alta é visível no mercado de opções dos EUA. O número de posições em aberto em US$ 100 por barril em dezembro de 2019, com opções de compra, ou seja, apostando em futuros nesse nível, subiu 30% na semana passada, para um recorde de 31 mil lotes, de acordo com dados da CME.

Sanções

— Nas últimas duas semanas, tem havido muito mais evidências de que mesmo alguns dos maiores clientes, Índia e China, não vão comprar petróleo iraniano a partir de novembro — disse John Saucer, vice-presidente de pesquisa e análise da Mobius Risk. Como resultado, ele disse, “essas sanções provavelmente serão muito mais eficazes do que as pessoas pensavam”. As exportações globais do Irã caíram para 2 milhões de barris por dia (bpd) em setembro, ante 2,8 milhões de bpd em abril, segundo o Instituto de Finanças Internacionais.
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