Arábia Saudita defende a redução dos estoques mundiais de petróleo

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Publicado Domingo, 19 de Maio de 2019 às 09:56, por: CdB

O ministro disse que a Opep, da qual a Arábia Saudita é líder de fato, teria mais dados em sua próxima reunião no final de junho para ajudar a tomar a melhor decisão sobre a produção.

 
Por Redação, com agências internacionais - de Jeddah, Arábia Saudita
  Ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih disse, neste domingo que recomendou a redução dos estoques de petróleo e que o suprimento global de petróleo é abundante. — No geral, o mercado está em uma situação delicada — disse al-Falih a repórteres antes de uma reunião ministerial dos principais produtores de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo Arábia Saudita e Rússia. Ele disse que a Opep, da qual a Arábia Saudita é líder de fato, teria mais dados em sua próxima reunião no final de junho para ajudar a tomar a melhor decisão sobre a produção.

Emirados Árabes

A Opep, Rússia e outros produtores que não integram o grupo, uma aliança conhecida como Opep+, concordaram em reduzir a produção em 1,2 milhão de barris por dia desde 1º de janeiro por seis meses, um acordo para impedir aumento de estoques e depreciação dos preços do petróleo. O ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, disse a repórteres que diferentes opções estavam disponíveis para o acordo, incluindo aumento na produção no segundo semestre do ano. O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail al-Mazrouei, disse que os produtores de petróleo são capazes de preencher qualquer lacuna no mercado de petróleo e que afrouxar os cortes na oferta não é “a decisão certa”. Mazrouei afirmou que os Emirados não querem ver um aumento nos estoques que possa levar a um colapso nos preços.

Moscou

A Arábia Saudita não vê necessidade de aumentar a produção rapidamente agora, com o petróleo em torno de 70 dólares o barril, porque teme uma queda nos preços e uma elevação nos estoques, disseram fontes da Opep, acrescentando que a Rússia quer aumentar a oferta depois de junho. Os Estados Unidos — que não são membros da Opep, mas são aliados próximos da Arábia Saudita — querem que o grupo aumente a produção para reduzir os preços do petróleo. Falih precisa encontrar um equilíbrio delicado entre manter o mercado de petróleo bem abastecido e os preços altos o suficiente para as necessidades orçamentárias de Riad. Além disso, precisa agradar Moscou para garantir que a Rússia permaneça no pacto da Opep+ e ser sensível às preocupações dos Estados Unidos e do resto da Opep+, disseram as fontes da Opep.

Oleoduto

A reunião deste domingo do painel ministerial surge em meio a preocupações de um mercado apertado. As exportações de petróleo do Irã devem cair ainda mais em maio e os embarques da Venezuela podem recuar novamente nas próximas semanas devido a sanções dos EUA. A contaminação por petróleo também forçou a Rússia a suspender os fluxos pelo oleoduto Druzhba —um canal fundamental para o petróleo bruto na Europa Oriental e na Alemanha— em abril. A suspensão, ainda sem previsão de fim, deixou os refinadores lutando para encontrar suprimentos. O ministro da Energia da Rússia disse a jornalistas que o fornecimento de petróleo para a Polônia através do oleoduto começaria na segunda-feira.
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