Catalunha irá investigar alegações de abuso durante referendo

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Publicado Segunda, 02 de Outubro de 2017 às 07:03, por: CdB

Milhares de policiais espanhóis foram enviados à região para evitar a votação de independência, que foi considerada ilegal pela Justiça

Por Redação, com Reuters - de Madri:

A Catalunha irá criar uma comissão especial para investigar alegações de abuso pela polícia espanhola durante o referendo de independência no domingo, depois que mais de 800 pessoas ficaram feridas, disse o líder da região, Carles Puigdemont, nesta segunda-feira.

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Choque entre policiais e multidão, durante referendo de independência da Catalunha em Sant Julia de Ramis, na Espanha

Milhares de policiais espanhóis foram enviados à região para evitar a votação de independência, que foi considerada ilegal pela Justiça. Cenas de violência causadas por táticas violentas por parte das forças de segurança receberam condenação internacional.

A votação, que foi banida pela Corte Constitucional e considerada ilegal pelo governo central de Madri, mas mesmo assim atraiu milhões de eleitores desafiadores, foi válida e legalmente vinculante, disse Puigdemont.

O líder da Catalunha disse que não teve contato com o governo central da Espanha e pediu que o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, diga se é a favor ou não de mediação nas conversas sobre o futuro da região, que devem ser supervisionadas pela União Europeia.

ONU

A principal autoridade de direitos humanos da ONU pediu, nesta segunda-feira; que autoridades da Espanha investiguem total e imparcialmente a violência ligada ao referendo de independência da Catalunha; e que realizem conversas para resolver a questão da separação.

O alto comissário da ONU para direitos humanos, Zeid Ra‘ad al-Hussein; expressou preocupação com a violência de domingo, quando centenas de pessoas ficaram feridas; dizendo que as respostas da polícia precisam ser “em todos os momentos... proporcionais e necessárias”.

– Eu acredito firmemente que a atual situação precisa ser resolvida através do diálogo político, com total respeito pelas liberdades democráticas – disse Zeid, em comunicado.

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